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PELÉ DIZ NÃO A MILITARES E FICA FORA DA COPA
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira que encantou o mundo em 1970 se desmanchou, e o time não tinha pinta de favorito para a Copa da Alemanha Ocidental, em 1974. Novamente então o governo militar entrou em ação na tentativa de escalar a equipe nacional.
Ernesto Geisel, o quarto presidente do ciclo militar, queria que Pelé reconsiderasse sua decisão de não defender mais a seleção -ele continuava jogando, ainda em grande nível, pelo Santos (depois foi para os EUA defender o Cosmos).
Segundo Pelé, quem fez o contato para isso foi a filha de Geisel. Mas ele suportou a pressão, e o Brasil, sem ele, não passou de um quarto lugar no Mundial alemão.
O caso envolvendo Pelé não foi o único em que Geisel entrou em atrito com o comando do futebol nacional.
Depois de três títulos mundiais, João Havelange ganhou projeção internacional e acabou na presidência da Fifa, em 1974.
No início, tentou conciliar o comando da entidade mundial com a CBD. Mas Geisel, que já tinha restrições a Havelange, também por causa do episódio Pelé, não gostou nem um pouco da ideia. E pressionou pela saída do cartola da confederação nacional, o que acabou acontecendo meses depois. 0
(PC)
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