São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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DOS 20 AOS 30

Estréia é momento de experimentações

Fase revela as competências e se a profissão agrada

Marcelo Justo/Folha Imagem
Nathalia na sede da Nokia (SP)


JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A estréia na carreira é a época de experimentação -tanto do mercado como do profissional. É nessa fase que ele descobre se a profissão o agrada, suas competências e se a empresa em que trabalha tem o seu perfil.
O jovem deve aproveitar para ter experiências em companhias diferentes, sugere Vera Vasconcelos, consultora de carreiras da Career Center. Mas sem deixar a faculdade de lado.
"Na ânsia de entrar no mercado, alunos pulam etapas importantes de formação e amadurecimento", alerta Tania Casado, coordenadora do centro de carreiras da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Nathalia Tercero, 24, formou-se há três anos e já é gerente de marketing da Nokia. Começou fazendo estágio na empresa júnior da faculdade, a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
Logo foi chamada para o estágio da Nokia e fez cursos de especialização. "Busquei integração com outras áreas para entender a empresa", explica.
Tercero é um exemplo de uma nova geração, que assume a gestão antes dos 25 anos, maneja com destreza dispositivos tecnológicos e tem ambição de crescer muito e rapidamente.
"Isso é fruto da combinação do perfil dinâmico e ambicioso com a expectativa que o mercado tem", diz Renata Schmidt, gerente da Foco Talentos.
Em seis anos, Carlos Henrique Alves, 29, foi de trainee a gerente-sênior de projetos na Chemtech (especializada em tecnologia para indústrias), onde comanda 45 pessoas.
"Dediquei a maior parte do tempo nos últimos anos à carreira, participei de projetos em várias cidades e fiz treinamentos técnicos e de liderança e MBA in company", lista.

Pés no chão
A ascensão, porém, não deve subir à cabeça. "A pessoa pode ficar com a sensação de que é muito boa e já sabe tudo", alerta Eugênio Mussak, consultor em desenvolvimento humano e profissional. "Se não desenvolver outras competências, o que oferece hoje será esgotado, e o profissional, descartado."
Nessa fase começa outro tipo de educação: a financeira. Para construir patrimônio, aprenda a poupar (veja quadro abaixo).
Guilherme Kanagusku, 24, responsável técnico pelo pré-vendas da fabricante de software Kaizen, diminuiu custos fixos e faz pequenos orçamentos para cada atividade. "Não gasto mais do que posso e não deixo de fazer o que gosto", conta.


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