da Equipe de Trainees

Há uma reivindicação que une o empresariado nacional e as centrais sindicais: a queda da taxa de juros mais alta do planeta.
A redução dos juros, entretanto, está associada a problemas que afetam a economia neste tempo de crise, como a volta ou não da inflação, a manutenção das reservas internacionais e as contas públicas.
O governo tem mantido altos os juros por dois motivos principais: atrair o capital externo para sustentar as reservas cambiais e retrair o crédito para evitar uma explosão de consumo que poderia trazer de volta a inflação.
Quanto menores as taxas de juros, mais barato fica tomar dinheiro emprestado de instituições do mercado financeiro. Com facilidade de acesso a crédito, mais moeda tende a circular na economia.
Diante de uma maior disponibilidade de dinheiro no mercado, o temor do governo, eleito e reeleito com o discurso da estabilidade, é que empresários voltem a remarcar preços estimulados por uma demanda crescente.
O governo propõe, para equilibrar suas contas e baixar os juros, um ajuste fiscal que, de modo geral, aumenta a carga tributária.
Se a medida visa a diminuir o déficit público pelo aumento do montante arrecadado, ela pode, pelo contrário, levar menos receita para o governo.
Com mais taxação, o custo dos produtos se eleva, o que pode diminuir sua venda e, assim, inibir a arrecadação de impostos.(VM)


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