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Aposentado federal
economiza há anos
da Equipe de Trainees
Tirar os filhos da escola particular? "De jeito nenhum, apesar de a
vida toda ter trabalhado em escola
pública."
Eduardo Mosaner Júnior, 53, se
aposentou como diretor de ensino
da Escola Técnica Federal de SãoPaulo em 97. Mas continuou lecionando na mesma escola.
Com o salário congelado há cinco anos, ele calcula uma perda do
poder de compra de 60%. Além
disso, Eduardo vai perder mais R$
700 por mês, por causa da contribuição previdenciária dos inativos
federais, aprovada em janeiro.
De 90 para cá, passou a complementar a renda com aulas particulares e trabalhos esporádicos.
Ele investia em linhas telefônicas, que alugava ou vendia. Chegou a pagar, assim, metade de um
terreno em Campos do Jordão.
Outra renda provém de dois
imóveis alugados, que a família
comprou quando ainda conseguia
juntar algum dinheiro.
"Desde os planos cruzados", a família tenta economizar com comida. A partir do plano Real, cortaram gastos com restaurantes e similares. Agora, pretende trocar a
empregada doméstica por diarista.
A mulher, Maria Beatriz Amado
Sette, 46, é assistente social. Ela paga pelos serviços domésticos, alimentação e a escola de Guilherme,
14, que tem bolsa de 30%. Eles querem ampliar essa bolsa e pedir descontos nas escolas dos outros filhos, Marcelo, 15, e Renata, 10.
As atividades extracurriculares
dos filhos vêm sendo reduzidas há
anos. Hoje têm dois carros, mas
vão vender o mais novo, de 93.
E conclui: "É melhor não fazer
nada do que entrar no (cheque) especial".(FA)
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