São Paulo, Quinta-feira, 04 de Fevereiro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aposentado federal economiza há anos

da Equipe de Trainees

Tirar os filhos da escola particular? "De jeito nenhum, apesar de a vida toda ter trabalhado em escola pública."
Eduardo Mosaner Júnior, 53, se aposentou como diretor de ensino da Escola Técnica Federal de SãoPaulo em 97. Mas continuou lecionando na mesma escola.
Com o salário congelado há cinco anos, ele calcula uma perda do poder de compra de 60%. Além disso, Eduardo vai perder mais R$ 700 por mês, por causa da contribuição previdenciária dos inativos federais, aprovada em janeiro.
De 90 para cá, passou a complementar a renda com aulas particulares e trabalhos esporádicos.
Ele investia em linhas telefônicas, que alugava ou vendia. Chegou a pagar, assim, metade de um terreno em Campos do Jordão.
Outra renda provém de dois imóveis alugados, que a família comprou quando ainda conseguia juntar algum dinheiro.
"Desde os planos cruzados", a família tenta economizar com comida. A partir do plano Real, cortaram gastos com restaurantes e similares. Agora, pretende trocar a empregada doméstica por diarista.
A mulher, Maria Beatriz Amado Sette, 46, é assistente social. Ela paga pelos serviços domésticos, alimentação e a escola de Guilherme, 14, que tem bolsa de 30%. Eles querem ampliar essa bolsa e pedir descontos nas escolas dos outros filhos, Marcelo, 15, e Renata, 10.
As atividades extracurriculares dos filhos vêm sendo reduzidas há anos. Hoje têm dois carros, mas vão vender o mais novo, de 93.
E conclui: "É melhor não fazer nada do que entrar no (cheque) especial".(FA)


Texto Anterior: Aperte o cinto para chegar ao fim do mês
Próximo Texto: Engenheiro espera emprego estável
Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.