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Cresce filão da aposentadoria privada
da Equipe de Trainees
O setor de previdência privada
aberta (para pessoas físicas) experimentou nos últimos anos um
crescimento sem precedentes: a
receita dos planos saltou de R$
281.815 em 93 para R$ 2.358.472
até setembro de 98.
A instabilidade econômica gerada pela livre flutuação do câmbio
pode pôr em risco esse "boom", revelado pela Anapp (Associação
Nacional de Previdência Privada).
Segundo Ricardo Pólito, vice-presidente da Anapp, é cedo para
avaliar o impacto da mudança
cambial sobre o setor, mas não para dizer que um aumento da inflação diminuiria o interesse por esse
tipo de investimento.
O especialista em previdência
Helmut Schwarzer, pesquisador
do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), considera difícil prever as consequências, mas
alerta para o impacto do câmbio
sobre a rentabilidade dos fundos.
Típica de classe média, a complementação de aposentadoria tornou-se mais atrativa depois da reforma da previdência, aprovada
pelo Congresso em novembro de
98. Isso porque se criou um ambiente de incertezas, na análise de
Schwarzer.
Para ele, "a classe média não confia na capacidade do sistema de
previdência social para garantir
uma aposentadoria segura".
São 83 as entidades de previdência privada aberta no Brasil, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
A principal vantagem desse tipo
de investimento é que pode ser
abatido do imposto de renda.
O problema de credibilidade, segundo Schwarzer, não tem solução, pois não há como ter certeza
de que os fundos continuarão rentáveis até que o cliente se aposente.
Ele sugere a criação de uma agência nacional de supervisão do setor
de previdência privada, para centralizar a regulamentação, "que está muito pulverizada".(JM)
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