São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2004
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Sonho da FIA é equilibrar disputa do título
Dirigentes alteram regulamento mais uma vez na busca por um Mundial mais acirrado No final de 2002, após o quinto título de Michael Schumacher, o terceiro consecutivo, a FIA decidiu mexer no regulamento. Para 2003, ampliou a distribuição de pontos, alterou o sistema de definição do grid, limitou a atuação das equipes mais endinheiradas. Na ótica dos dirigentes, a situação melhorou. A disputa pelo título se arrastou até Suzuka, e o Mundial teve lances emocionantes. Mas os campeões foram os mesmos, Schumacher e a Ferrari. Como que admitindo estar obcecada para fazer um campeão diferente, a FIA aprovou, três dias após o desfecho do último Mundial, um novo pacote de regras. O primeiro golpe foi a limitação de um motor por piloto por final de semana. Em tese, a novidade tem motivação econômica: reduzir os orçamentos das equipes. Na prática, porém, aumentará a ação do imponderável, principalmente em circuitos que sobrecarregam os propulsores, como Indianápolis, Monza e Spa-Francorchamps. Sem poder trocar o motor, a Ferrari deve ser vítima da nova regra numa corrida ou outra. Pelo sistema que vigorava até o ano passado -normalmente três motores por piloto em um fim de semana-, as quebras eram raras nos times grandes. Há quase dois anos, desde a corrida da Malásia de 2002, a Ferrari não sofre com um propulsor quebrado -na ocasião, o de Rubens Barrichello. Outra atitude da FIA foi aumentar a velocidade no pit lane. Isso tornará os pit mais rápidos, e os times poderão pensar em mais paradas. A gama de estratégias aumentará, e equipes pequenas, se forem espertas, poderão tirar alguma vantagem da regra. "Sei que será mais difícil, mas estou com mais vontade do que nunca", disse Schumacher, na semana passada, para desespero de seus rivais. E, mais ainda, da FIA. Texto Anterior: Novos treinos sacrificam segundo piloto Próximo Texto: Entidade fecha cerco até nos detalhes Índice |
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