São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2004 |
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TODA MÍDIA NELSON DE SÁ A Globo e os números
Três dias antes, a Globo fez
"debates entre candidatos
de 83 cidades". Oitenta e três. Na boca-de-urna, vitória do PT em Belo Horizonte e Recife, segundo turno em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza -e, para o PSDB, nada além de segundo turno em São Paulo, Curitiba e Florianópolis. A opinião de Franklin Martins sobre BH e Recife foi de votação "consagradora", que "aprova as administrações". Sobre Porto Alegre, o PT sai "em primeiro lugar" para o segundo turno. Quanto ao PSDB, em relação a Florianópolis, a opinião foi de que o tucano "era do PFL" e nem vivia lá, até há pouco. A dupla Franklin Martins/ Alexandre Garcia avançou pelo Fantástico com as apurações -e com avaliações não muito diversas, apesar dos números cada vez mais pró-Serra. Só às 22h30, com quase todas as urnas, veio o comentário: - Serra está colhendo uma vitória muito maior do que qualquer projeção. Em SP, bom de chegada foi o PSDB. A boca-de-urna do Ibope, por exemplo, não apontou nem mesmo vitória, quanto mais a dianteira de oito pontos. ATÉ A ÚLTIMA HORA A propaganda eleitoral, fora do ar desde quinta-feira, na verdade seguiu até ontem. Sem parar, via-se o comercial da Petrobras, com o Mercado Municipal, a Galeria Olido -e a "revitalização do centro". Quase colado, sem parar, via-se o comercial estadual com a integração entre metrô e trem "com apenas um bilhete", mais as cenas da estação da Luz. E houve muitos mais, ao longo do dia, de ambas as partes. Mesas-redondas Band, Cultura, Gazeta e outras passaram uma hora noticiando e analisando a boca-de-urna da Globo. A exemplo do futebol, elas não têm a transmissão, só mesas-redondas. Aos poucos, foram salvas pela apuração cada vez mais rápida. Gretchen Contra a Globo, as emissoras fizeram o possível. No meio da tarde, a Band apelou para uma entrevista com Gretchen, detida em Goiás por boca-de-urna -e que se emocionou. O bispo O Jornal da Record, mas não o JN, usou o Ibope -da Globo- para dar ainda no sábado uma manchete para o Rio: - Aumenta a possibilidade de segundo turno entre Cesar Maia e Marcelo Crivella. Pós-guerra As eleições ainda nem haviam acabado e já se falava de reforma ministerial. E de 2006. Lula saiu avisando às rádios que vai conversar com Aloizio Mercadante. Segundo Kennedy Alencar, na Folha On Line, ele "pode virar ministro". Marta também pode ganhar emprego em Brasília, se perder mesmo aqui, como dizia o "Valor" dias atrás. E o acreano Jorge Viana, disse "O Globo", pode tomar a vaga de Luiz Gushiken -e frear os censores palacianos. Pontes Sobre 2006, mais sinais. O site de Cláudio Humberto divulgou que em Pernambuco Jarbas Vasconcelos deve indicar Marco Maciel ao governo. Pelos sites, Ciro Gomes lançou pontes em direção tanto à petista Luizianne Lins como a Tasso Jereissati. É só o início do rearranjo. Texto Anterior: Quatro anos antes: Em 2000, Marta previa triunfo e tucano "colava" Próximo Texto: Eleições 2004 / Câmara Municipal: José Aníbal dispara e aumenta bancada tucana Índice |
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