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ELEIÇÕES 2004 / BALANÇO
Tranqüilidade marcou votação, avalia presidente do TSE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
E DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), ministro Sepúlveda Pertence, disse ontem
que "as eleições transcorreram na
mais absoluta tranqüilidade",
sem "nenhum evento grave", e informou o registro de pequeno índice de substituição de urnas.
Ele afirmou não ter ficado surpreso com os problemas de violência no Rio. "Creio que os episódios não ultrapassaram o que era
de se esperar numa situação social
conflagrada, como a do Rio."
O ministro manteve a previsão
de que 90% da apuração estaria
concluída até as 24h. No boletim
das 23h19, haviam sido contabilizados 86,11% dos votos de um total de 119.820.377 eleitores.
Naquele momento, o índice de
abstenção estava em 14,02%, o
que significava a ausência de
14.470.341 pessoas. Esse percentual é menor que os 15% registrados nas eleições municipais de
2000 e que os 17,78% verificados
nas eleições gerais de 2002.
Jibóia que come urna
O ministro disse, em tom de
brincadeira, que o sistema informatizado tirou parte da emoção
da apuração. "Antes, ouvíamos
até histórias de jibóia que comia
urna no Amazonas. Hoje essas
emoções são menores."
Mesmo assim, não quis prever
se até a meia-noite de hoje será
proclamado o resultado nos 5.562
municípios por conta do risco de
demora no recebimento de urnas.
O primeiro município a totalizar os votos foi Ermo (SC), às
17h20. A cidade, com 2.058 eleitores, elegeu Marquinhos (PFL). A
primeira capital a concluir a apuração foi Curitiba (PR), às 18h40.
Segundo Pertence, 2.862 urnas
(0,79%) foram trocadas, contra
um índice de 1,04% no primeiro
turno das eleições gerais de 2002.
Outras 225 máquinas (0,06%) tiveram de ser substituídas pelo sistema de votação nominal, em cédula, contra 0,20% em 2002.
No Rio
A violência mencionada por
Pertence diz respeito a um policial
militar e dois homens não-identificados que trocaram tiros em
uma seção eleitoral, no bairro do
Engenho de Dentro (zona norte).
Segundo a PM, a confusão começou depois que o PM Leandro
Alves Ferreira suspeitou de dois
homens que entraram no Centro
Espírita Discípulos de São Francisco de Paula, local da votação. O
policial esperou os suspeitos saírem e, quando foi abordá-los, eles
tentaram roubar a sua arma. Iniciou-se uma troca de tiros. Ferreira acabou atingido de raspão. Os
suspeitos fugiram.
Ao todo, 35 pessoas foram presas fazendo boca-de-urna. Até o
final da tarde, haviam sido
apreendidos 2,2 toneladas de material de candidatos.
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