São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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Rotatividade ganha força com economia aquecida

Diretores ficam 6 anos na empresa, em média; gerentes permanecem 5

FLAVIA GALEMBECK

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O bom momento da economia brasileira nos últimos cinco anos intensificou a rotatividade dos executivos em praticamente todos os segmentos, na percepção de consultores como Adriana Chaves, sócia da DM Liderança.
A busca por novas perspectivas de carreira e diferentes desafios profissionais e a oferta de remunerações mais altas são os principais motivos para trocas de presidentes, diretores, gerentes, coordenadores e supervisores.
Além dessas razões, conta também o fator cultural. "Na Ásia, por exemplo, os profissionais ingressam nas empresas e dificilmente saem dela. Nós somos mais imediatistas", explica Alexandre Attauah, gerente da divisão de finanças e contabilidade da consultoria Robert Half.
Para Carlos Eduardo Dias, CEO da consultoria Asap, o "turnover" também se deve à redução dos ciclos no ambiente corporativo.
"Empresas nascem e morrem mais rapidamente, assim como houve um encurtamento da vida de produtos. Isso se reflete nas carreiras."
A afirmação se confirma na trajetória profissional da gerente de marketing das grifes de roupa Limits, Borelli e Kolle, Mariana Goulart, 35.
Nos últimos oito anos, ela trocou de empresa quatro vezes em busca de melhores salários e planos de carreira.
"Os 'headhunters' não acham meu tempo médio de permanência um problema. Um deles até comentou que eu ficava [nas empresas] mais do que a média do setor [de varejo de roupas]", comenta.
Priscila Pádua, 33, gerente de marketing de grupo de produtos da Bacardi -onde está há seis anos-, só teve outro empregador além do atual. "Eu sentia falta de desafios quando um 'headhunter' me sondou", afirma.

ALINHAMENTO
Empresas desenvolvem projetos para diminuir a rotatividade. A Ceva Logistics, por exemplo, implementou novas políticas de remuneração, treinamento, "coaching" e plano de sucessão.
Especialistas citam a necessidade de uma seleção que considere o alinhamento do candidato à cultura da organização. "Muitas vezes o profissional é contratado pela técnica e demitido pela atitude", resume Dias, da Asap.


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