São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

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Orientador planeja caminhos para o desenvolvimento

Profissional experiente avalia novatos e molda competências que a posição de liderança exige

JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao chegar à liderança da equipe ou da empresa, muitos profissionais percebem que a nova posição demanda competências que não têm -especialmente se vêm de cargos mais técnicos.
Para ajudá-los a atingir o nível que a posição exige, empresas recorrem ao "coaching", em que um de seus especialistas ou um convidado desenvolve habilidades de um indivíduo ou equipe para atingir metas.
Quem é assessorado passa por avaliação de comportamentos e competências e recebe o "feedback" sobre o que precisa desenvolver para alcançar seus objetivos.
O treinamento também inclui leituras e exercícios -e requer disposição para mudar. "As questões mais recorrentes são as relacionadas à chefia, principalmente quando há grandes mudanças, como processos de fusões e aquisições", afirma Mariá Giuliese, diretora da consultoria Lens & Minarelli.
Ela acrescenta que a privacidade é essencial para esse treinamento. "A pessoa precisa se sentir à vontade para se expor", explica.
Há empresas que trazem um "coach" -pessoa que oferece o treinamento- de fora, para garantir isenção.
Em outros casos, como na Philips, o "coach" é escolhido na organização. A empresa prefere um profissional maduro, que seja considerado referência na empresa e que trabalhe em uma área diferente da do "coachee" -quem recebe o "coaching".
"A vantagem é que ambos conhecem a realidade da empresa", afirma Eduardo Junqueira, um dos diretores seniores de marketing da Philips, que atua como "coach".

TROCA
Alçado a uma posição de liderança, o chefe também deve se preparar para aconselhar sua equipe.
Na Codere, o diretor de operações José Vernucci, 48, orientou o gerente de operações Carlos Alberto de Oliveira Junior, 31, quando ele passou por "coaching". Oliveira Junior percebeu que precisava delegar tarefas. "Tenho mais responsabilidades, mas trabalho menos", conta.
Já Vernucci diz que o principal benefício foi aprender a ouvir. "Acreditava que, se para mim dava certo fazer as coisas de determinada maneira, para as outras pessoas deveria ser assim."



ADAPTAÇÃO
Felipe Doin, 34, superintendente-executivo do HSBC, passou pelo processo de "coaching" ao vir de uma empresa que tinha cultura diferente da do banco. "Você se torna mais capaz de se adaptar a circunstâncias diversas", comenta.


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