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Orientador planeja caminhos para o desenvolvimento
Profissional experiente avalia novatos e molda competências que a posição de liderança exige
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao chegar à liderança da
equipe ou da empresa, muitos profissionais percebem
que a nova posição demanda
competências que não têm
-especialmente se vêm de
cargos mais técnicos.
Para ajudá-los a atingir o
nível que a posição exige,
empresas recorrem ao "coaching", em que um de seus
especialistas ou um convidado desenvolve habilidades
de um indivíduo ou equipe
para atingir metas.
Quem é assessorado passa
por avaliação de comportamentos e competências e recebe o "feedback" sobre o
que precisa desenvolver para
alcançar seus objetivos.
O treinamento também inclui leituras e exercícios -e
requer disposição para mudar. "As questões mais recorrentes são as relacionadas à
chefia, principalmente quando há grandes mudanças, como processos de fusões e
aquisições", afirma Mariá
Giuliese, diretora da consultoria Lens & Minarelli.
Ela acrescenta que a privacidade é essencial para esse
treinamento. "A pessoa precisa se sentir à vontade para
se expor", explica.
Há empresas que trazem
um "coach" -pessoa que
oferece o treinamento- de
fora, para garantir isenção.
Em outros casos, como na
Philips, o "coach" é escolhido na organização. A empresa prefere um profissional
maduro, que seja considerado referência na empresa e
que trabalhe em uma área diferente da do "coachee"
-quem recebe o "coaching".
"A vantagem é que ambos
conhecem a realidade da empresa", afirma Eduardo Junqueira, um dos diretores seniores de marketing da Philips, que atua como "coach".
TROCA
Alçado a uma posição de
liderança, o chefe também
deve se preparar para aconselhar sua equipe.
Na Codere, o diretor de
operações José Vernucci, 48,
orientou o gerente de operações Carlos Alberto de Oliveira Junior, 31, quando ele passou por "coaching". Oliveira
Junior percebeu que precisava delegar tarefas. "Tenho
mais responsabilidades, mas
trabalho menos", conta.
Já Vernucci diz que o principal benefício foi aprender a
ouvir. "Acreditava que, se
para mim dava certo fazer as
coisas de determinada maneira, para as outras pessoas
deveria ser assim."
ADAPTAÇÃO
Felipe Doin, 34, superintendente-executivo do HSBC, passou pelo processo
de "coaching" ao vir de uma empresa que
tinha cultura diferente da do banco. "Você
se torna mais capaz de se adaptar a
circunstâncias diversas", comenta.
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