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Ministro promete novo plano em um mês
Fernando Haddad diz que pacote da Educação deverá contar com 20 medidas, 10 delas de caráter interministerial
Governo fala em "esforço de
uma geração" e reconhece
que os alunos brasileiros
"estão distantes da média
dos países desenvolvidos"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na avaliação do ministro da
Educação, Fernando Haddad,
as médias dos alunos brasileiros indicadas no Saeb ainda são
muito baixas e "estão distantes
da média dos países desenvolvidos".
Haddad disse ontem que o
Plano Nacional da Educação,
que deve ser apresentado no
mês que vem pelo governo federal, tem por objetivo alcançar, a médio prazo, essas médias. "Isso necessitará do esforço de uma geração."
Questionado por jornalistas
sobre quais seriam as médias a
serem atingidas, o ministro respondeu: "Não vou dizer. Vou
anunciar só no mês que vem".
Ele também não entrou em
detalhes sobre as outras medidas a serem tomadas. Apenas
disse que o plano não será do
Ministério da Educação, mas
uma política geral de educação
que deve contar com 20 medidas, 10 delas interministeriais.
O ministro se encontra hoje
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, para definir os detalhes finais.
Segundo Haddad, a queda no
desempenho dos estudantes do
ensino médio, tanto no Saeb
como no Enem, é explicado pelo Censo Escolar de 2006, que
indica menor índice de matrículas comparado a 2005. O ministro diz que, por mais que as
matrículas tenham diminuído
de modo geral, essa tendência
não aconteceu em todas as regiões do país, nem em todas as
etapas do ensino.
No Nordeste, por exemplo, o
número de matrículas aumentou 0,9% no ensino médio. Já
no Sudeste, o número diminuiu
4,5%. "As redes de ensino em
regiões como o Nordeste são
muito mais novas do que no Sudeste. Redes novas não têm a
mesma solidez que as antigas.
Isso pode explicar o resultado".
Mas a explicação do ministro
não pode ser utilizada quando
se analisa os índices de São
Paulo. Mesmo com um menor
número de matrículas, a média
dos alunos do ensino médio do
Estado caiu de 268,27 para
261,34 na nota de português e
de 280,48 para 272,61, em matemática. "Temos que deixar
claro que antes desta redução,
houve a expansão do final dos
anos 90", lembra Haddad.
Para o ministro, entretanto,
o resultado mais importante do
Saeb é o aumento do rendimento entre alunos da 4ª Série.
"Já é um começo. Poderemos
ver que, em alguns anos, esta
tendência será mantida na 8ª
série e posteriormente na 3ª série do ensino médio".
Por meio de sua assessoria, o
ministro da Articulação Política, Tarso Genro, informou que
não se pronunciaria sobre a divulgação dos números do Saeb
2005 e Enem 2006.
Na internet
Veja o ranking completo das escolas de São Paulo
www.folha.com.br/070381
Veja as notas obtidas pelas escolas do país em http://mediasenem.inpe.gov.br
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