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DIREITO
Estudo marca ascensão aos cargos mais cobiçados
Advogado começa como estagiário e se especializa para chegar ao topo como juiz
LUCIANE CRIPPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na área de direito, quem tem
planos de fazer carreira pública
já pode dar os primeiros passos
ainda durante a faculdade.
O ponto de partida são cargos
como técnico, auxiliar judiciário e estagiário nos tribunais
-como os do Trabalho, da Justiça e os regionais eleitorais.
"Eles têm concursos para
quem tem segundo grau completo", diz Fábio Gonçalves, 40,
diretor do Complexo Jurídico
Damásio de Jesus e da Academia de Concurso Público.
Para Gonçalves, esses cargos
ajudam a ganhar prática em atividades jurídicas. Mas os de
mais status e com maior salário, como o de promotor de
Justiça, exigem ao menos três
anos de experiência.
Os que já se formaram mas
ainda não têm a carteira da
OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil) podem prestar concursos para cargos como os de analista judiciário e delegado de
polícia (civil ou federal).
Já quem tem OAB deve investir em especialização para se
destacar no serviço público.
"Muitos concursos não preenchem vagas por falta de especialização do candidato", aponta o professor Anis Kfouri Junior, 35, especialista em direito
público. "É importante conhecer direito constitucional [que
regula o poder estatal]."
Dez anos até o ápice
Nas seleções, sai na frente
quem domina direito administrativo e ambiental -especialmente para assumir cargos como advogado da União, procurador federal, procurador da
Fazenda Nacional, consultor
ou assistente jurídico, que
usam esse conhecimento para
elaborar leis e fiscalizar.
"O maior comprador é o governo. É necessário conhecer
processos de licitação, elaboração de editais, entender de leilão público e de pregão eletrônico", lista Kfouri Junior.
Quanto ao direito ambiental,
ele cita a série de licenças que
são necessárias para construir,
por exemplo, uma ferrovia.
"Leis como a Cidade Limpa e a
de zoneamento também estão
na alçada do direito ambiental
urbano", esclarece.
Ascendendo na carreira, advogados chegam, por concurso,
a postos na Advocacia Geral da
União e na Defensoria Pública
da União. E ao de juiz.
Nos Tribunais Regionais Federais e dos Estados, um quinto
das vagas são destinadas a juízes. Eles são escolhidos, por nomeação, entre membros do Ministério Público com mais de
dez anos de carreira ou entre
advogados que tenham notório
saber jurídico e reputação ilibada. Eles também devem contar
com ao menos dez anos de atividade profissional.
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