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DIA-A-DIA
PROCURADOR COMPRA BRIGA DE TRABALHADORES E ENTRA EM CPI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O maranhense Fábio Fernandes, 41, ocupa um dos
cargos públicos mais desejados pelos advogados: o de
procurador do Ministério
Público do Trabalho.
Emprego da esfera federal,
atrai candidatos pelo status e
pelo salário, que chega a R$
20 mil no início da carreira.
Há dez anos, ele também foi
seduzido por esses atributos,
mas sua ideia era usar o conhecimento para ajudar trabalhadores. "Entrei no MP
por acreditar na Justiça."
Começou no Maranhão.
"Trabalhava com denúncias
envolvendo Lei de Cotas [de
deficientes nas empresas],
escravos e discriminação de
trabalhadores aidéticos."
Em 2002, foi transferido
para São Paulo, onde passou
a fiscalizar leis do trabalho.
"Baseado em denúncias, como as de sindicatos ou as
anônimas, de trabalhadores,
atuo no caráter preventivo.
Peço ajustes na conduta da
empresa antes que haja dano
à saúde do trabalhador e ao
ambiente de trabalho."
Ele também se envolveu,
em 2007, na CPI do caos aéreo, o que considera um dos
momentos mais difíceis de
sua carreira. Ele foi o primeiro procurador a instaurar
procedimento investigatório
em São Paulo para averiguar
condições de trabalho dos
controladores de tráfego aéreo. "Não tive apoio nem do
Ministério Público e fui vítima de perseguição ao defender os controladores", diz.
Também houve bons momentos. "Ganhamos ação de
danos morais de trabalhadores doentes, contaminados
no trabalho. Parte do dinheiro foi para a Santa Casa. Nessas horas, percebo que ajudei a fazer justiça", avalia.
(LC)
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