São Paulo, domingo, 08 de março de 2009

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DIA-A-DIA

PROCURADOR COMPRA BRIGA DE TRABALHADORES E ENTRA EM CPI

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O maranhense Fábio Fernandes, 41, ocupa um dos cargos públicos mais desejados pelos advogados: o de procurador do Ministério Público do Trabalho.
Emprego da esfera federal, atrai candidatos pelo status e pelo salário, que chega a R$ 20 mil no início da carreira. Há dez anos, ele também foi seduzido por esses atributos, mas sua ideia era usar o conhecimento para ajudar trabalhadores. "Entrei no MP por acreditar na Justiça."
Começou no Maranhão. "Trabalhava com denúncias envolvendo Lei de Cotas [de deficientes nas empresas], escravos e discriminação de trabalhadores aidéticos."
Em 2002, foi transferido para São Paulo, onde passou a fiscalizar leis do trabalho. "Baseado em denúncias, como as de sindicatos ou as anônimas, de trabalhadores, atuo no caráter preventivo. Peço ajustes na conduta da empresa antes que haja dano à saúde do trabalhador e ao ambiente de trabalho."
Ele também se envolveu, em 2007, na CPI do caos aéreo, o que considera um dos momentos mais difíceis de sua carreira. Ele foi o primeiro procurador a instaurar procedimento investigatório em São Paulo para averiguar condições de trabalho dos controladores de tráfego aéreo. "Não tive apoio nem do Ministério Público e fui vítima de perseguição ao defender os controladores", diz.
Também houve bons momentos. "Ganhamos ação de danos morais de trabalhadores doentes, contaminados no trabalho. Parte do dinheiro foi para a Santa Casa. Nessas horas, percebo que ajudei a fazer justiça", avalia. (LC)


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