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ÁREA FISCAL
Auditores e analistas esperam concursos
SP, RJ e governo federal têm grande demanda, mas seleções não saíram
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar da demanda por profissionais na Receita Federal,
no Banco Central e nas secretarias estaduais da Fazenda, os
concursos para recrutá-los ainda estão congelados.
A Receita Federal já encaminhou a necessidade de novos
funcionários ao Ministério do
Planejamento, mas o pedido
ainda está em análise. A seleção
está prevista para este ano.
Já o Banco Central prevê
abrir 350 vagas para analistas,
que hoje recebem R$ 10.906. E
pretende repor ao menos 80%
dos 2.200 servidores que vão se
aposentar até 2012.
Vagas para auditor fiscal na
Receita devem continuar surgindo com regularidade. Robson Canha, 37, diretor de relações internacionais do Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais), estima a aposentadoria de cerca de 2.000 a
2.500 deles nos próximos anos.
Responsabilidades
O trabalho do auditor fiscal é
ficar de olho no cumprimento
da legislação tributária por pessoas físicas e jurídicas. Também é responsável por combater o contrabando e a lavagem
de dinheiro, pela arrecadação
de tributos e pela interpretação
de leis tributárias. Seu salário
inicial, hoje, é de R$ 12,5 mil.
A carreira se divide em três
classes e 13 níveis salariais diferentes, que podem ser vencidos
a cada ano, mais ou menos.
A ascensão se dá por nomeação. Em cargos de confiança,
auditores podem virar chefes
de divisão, delegados, superintendentes e até ocupar a secretaria da Receita -ganhando
seu salário mais uma comissão.
O perfil de muitos candidatos
que prestam concursos para o
cargo de auditor fiscal costuma
ser o mesmo dos que tentam a
sorte nas eliminatórias para
analista do Banco Central.
Suas tarefas, porém, são bem
diferentes. O analista do banco
tem como atribuições formular
e executar planos sobre gestão
de reservas internacionais e
políticas cambiais e monetárias, além de supervisionar o
sistema financeiro e administrar metas para a inflação, entre outras responsabilidades.
Vagas em SP e no RJ
Nos Estados, a função que se
aproxima da do auditor fiscal é
a do agente fiscal de rendas, ligado à secretaria da Fazenda.
O governo paulista autorizou
a abertura de 500 vagas para esse cargo, mas não há previsão
de quando será o concurso.
A Secretaria da Fazenda do
Rio de Janeiro pretende abrir
70 vagas a cada seis meses até
2010. "Ficamos 17 anos sem
abrir vagas e por isso tínhamos
efetivo muito reduzido. Apenas
350 pessoas trabalham na fiscalização", diz o secretário da
Fazenda, Joaquim Levy, 48.
"Fiscais de rendas que forem
aprovados agora devem trabalhar com indústrias automotivas, siderúrgicas e de petróleo."
O salário inicial é de R$ 9.615.
Os candidatos aprovados geralmente têm entre 25 e 35 anos e
são formados em administração ou engenharia.
(ECL)
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