São Paulo, terça-feira, 08 de maio de 2007

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Altitude provoca 'doping natural'

DA REPORTAGEM LOCAL

O corpo, "sem ar", tenta aumentar a ventilação. O rim produz eritropoietina (EPO), o número de hemácias cresce, e elas transportam mais oxigênio dos pulmões para os músculos.
Grosso modo, é isso o que acontece no corpo de uma pessoa em altitudes elevadas. Se ela for um atleta, as mudanças podem significar também uma melhora de performance.
É por isso que desde os anos 40 competidores vão a regiões montanhosas à procura de falta de ar para ganhar fôlego.
"É bom para os que trabalham com resistência, como em atletismo, natação e ciclismo. Pode ser usado também para melhorar o desempenho em outros esportes, como em um time de futebol que vai atuar na altitude", comenta Ricardo D'Angelo, treinador de Vanderlei Cordeiro de Lima.
O método, porém, é controverso. Já esteve na berlinda. A administração de eritropoietina é doping e leva à suspensão. Além disso, estudos dizem que a altitude pode prejudicar a ação ao nível do mar. Por causa da hipóxia (pouco oxigênio), atletas diminuem a intensidade do treino na altitude e podem perder condicionamento.
Acostumado com a altitude, Vanderlei Cordeiro precisa de apenas cinco dias de adaptação. No primeiro, corre só 40 minutos, em ritmo mais lento. A carga é aumentada a cada dia.
Geralmente, atletas vão em busca da altitude no pico de treinos. Outros, no início da temporada de alta intensidade, para preparar o corpo para se recuperar melhor do esforço.


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