DA REPORTAGEM LOCAL

Conseguir o condicionamento físico ideal é meta de todo atleta. A ânsia de atingi-la, porém, pode pôr a perder anos de treinos. Por erros de carga e intensidade, muitos competidores sofrem desde lesões que inviabilizam algumas disputas até problemas graves, que podem encerrar uma carreira.
Lucila, do handebol, desdobra-se para fazer fisioterapia e se recuperar de cirurgia no joelho até o Pan. Salários atrasados no time que defendia, em Guarulhos, porém, estão dificultando sua recuperação.
Para evitar situações como essa, o plano para evitar contusões também faz parte do treinamento da elite esportiva.
A repetição é um dos perigos para tendões e músculos. O mesa-tenista Hugo Hoyama, 37, por exemplo, rebate mais de mil bolinhas por dia. "Para evitar lesão no braço e dor por esforço repetitivo, tem de fazer musculação. Já fiz muita, por isso ainda estou bem", ensina.
Para empunhar sua arma, Janice Teixeira, do tiro, também fortalece a musculatura. A má orientação na academia, no entanto, rendeu-lhe uma grave lesão e um trauma. Agora, faz exercícios com elásticos.
Também dá atenção ao alongamento. "Se não fizer, termino o dia com o nariz encostado no joelho", brinca ela, que já teve o cotovelo operado.
Por excesso de esforço, a judoca Danielle Zangrando já foi submetida a duas cirurgias de hérnia de disco. Se não faz alongamento, sente dores.
"Ela atinge o ápice uma vez na temporada. Para os outros torneios, faz manutenção. Não quero uma superatleta. A prioridade é preservá-la", prega o treinador Marcos Daud.
Novas terapias corporais também ganham espaço. José Elias Proença, do vôlei, usa métodos como pilates, cadeias e RPG (reeducação postural global) para auxiliar as jogadoras.
Fernando Saraiva, do levantamento de peso, faz quiropraxia, técnica manual que corrige problemas de coluna. "A técnica ajuda a liberar a passagem dos nervos", diz o quiropraxista Jason Gilbert.


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