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CARREIRA
Mudanças são como as de empresas privadas
Dinâmica do ciclo profissional tem desde promoção até dispensa
Paraumfuncionário público,
estabilidade não precisa ser sinônimo
de ver sempre o mesmohorizonte
profissional.
A carreira do servidor é pontuada
por mudanças como as
de qualquer profissional da iniciativaprivada
(vejaquadro).
Os critérios básicos para a ascensão,
em geral, são merecimento
e longevidade no cargo.
É o que acontece em órgãos da
administração direta (ligados
aoPoderExecutivo).
Mas há outras variáveis, baseadas
no regime de contratação
e na gestão de cada órgão
público. Nos da administração
indireta (como as autarquias,
as empresas públicas e as agências
reguladoras), as regras são
semelhantes às de empresas do
setor privado.
"Em geral, a cada dois ou três
anos o servidor público [estatutário]
tem progressão por
tempo de serviço ou merecimento",
explica Jorge Pinho,
chefe do departamento de administração
da UnB (Universidade
deBrasília).
"A idéia é que quem tem
mais tempo de casa ganhe
mais", defende Esther Antonioli
Martins, 51, auditora fiscal
federal há 20 anos.
Tambémé possívelmudar de
nível ou de área. No Estado de
São Paulo, por exemplo, isso
vale para qualquer regime de
contratação (celetista, estatutário
ou temporário).
Essa progressão funcional é
definida pelos critérios que cada
regime estabelece. O servidor,
porém, não podemudar de
cargo a não ser que preste outro
concurso -alguns órgãos
realizamumaseleção interna.
Para alguns, isso aponta falta
de plano de carreira. "Muda o
salário, mas não a complexidade
das atribuições", diz Pinho.
"Os critérios são relativos e
subjetivos. Deveria haver planos
de carreira que levassem
em conta qualidade e produtividade.
O servidor público se
desestimula por ficar muito
tempo na mesma função", defende
Aparecido Inácio, advogado
trabalhista especialista
emdireito coletivo.
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