São Paulo, terça, 11 de novembro de 1997.



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Nike quer conquistar atletas; Rainha mantém liderança

NELSON ROCCO
da Redação

O investimento pesado que a Nike tem feito em marketing não é suficiente para estabelecer a lembrança da marca como sinônimo de tênis na cabeça do consumidor.
A Footline, multinacional argentina fabricante e importadora da Nike para o Brasil, está gastando cerca de US$ 10 milhões neste ano para manter os produtos na mídia, quase 10% do total de US$ 120 milhões que a empresa espera faturar em 97.

500 mil pares de tênis foram entregues pela Rainha em setembro deste ano; o volume é recorde nos últimos cinco anos

A Nike é a terceira no ranking das marcas de tênis na pesquisa Top of Mind, realizada pelo Datafolha, a mesma posição detectada no levantamento do ano passado.
Segundo a pesquisa, 13% dos 2.696 consumidores ouvidos preferem sentir seus pés dentro de um par de tênis Nike. Rainha, com 16%, se mantém na liderança conquistada desde setembro de 93.
Alberto Bilotte, 34, diretor comercial da Footline, diz achar estranho a Nike estar em terceiro lugar. "Nós estamos mais preocupados em ser compreendidos pelos atletas e praticantes de esportes do que com quem compra apenas para andar", afirma.
Eduardo Lara, 38, diretor de marcas esportivas da Alpargatas, empresa dona da Rainha, credita a liderança na escolha do consumidor à tradição da marca.

A expectativa da Rainha é que as vendas deste ano cresçam 15% em relação a 96. Para acompanhar a nova campanha, a empresa lançou 12 produtos

"O que ajudou nosso crescimento foi a pesquisa ser realizada logo após o início de uma nova campanha publicitária, que está reformulando a imagem da marca", diz Lara para explicar o aumento de dois pontos percentuais de um ano para outro.
Sidnelson, o personagem da nova campanha, segundo ele, é uma antítese à "camiseta suada e respiração ofegante" presente nos anúncios de artigos esportivos.



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