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Título turbina PIB de país-sede depois da Copa
DE SÃO PAULO
A seleção brasileira tem
mais um bom motivo para
tentar conquistar o hexacampeonato em 2014.
Um estudo publicado
nos EUA em 2006 sobre o
impacto da Copa no PIB
(Produto Interno Bruto)
das sedes sugere que a
conquista do campeonato
em casa pode turbinar a
economia do país-sede.
Foi essa uma das constatações da pesquisa de
John S. Irons, PhD em economia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Ele coletou dados
sobre elevação ou queda
do PIB nos países-sedes,
antes, durante e depois de
abrigarem o Mundial.
Ao focar especificamente os Mundiais da Inglaterra-1966, da Alemanha-
-1974, da Argentina-1978 e
da França-1998, Irons descobriu uma tendência: o
"efeito campeão".
Todos esses países, cujas seleções ergueram a taça jogando em casa, gozaram de um significativo
crescimento econômico
nos dois anos posteriores à
realização do Mundial.
A taxa de crescimento
no PIB foi ainda mais
acentuada após a Copa da
Argentina. Em 1978, o país
vivia sob uma ditadura militar e estava mergulhado
em uma crise econômica.
Não à toa o PIB registrou
uma queda de 3,2% em relação ao ano anterior.
A conquista da Copa pela seleção argentina foi
usada pelos militares como prova de sucesso nacional e, dois anos depois,
a taxa de crescimento do
PIB saltou para 4,2%.
Outra constatação de
Irons foi a de que, em média, a taxa do PIB tende a
cair justamente no ano em
que o país sedia a Copa.
"A explicação mais
plausível para essa desaceleração é a de que o país
fica "distraído" com um
mês de esporte", sugere
Irons. "Sediar uma Copa
pode amortecer a economia se os cidadãos tirarem
uma folga do trabalho para ver os jogos, seja no estádio ou pela TV."
(MB)
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