|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O gargalo
Nove dos 14 aeroportos do Mundial operam no limite, e Infraero traça plano para tentar evitar caos aéreo
EDUARDO OHATA
DE SÃO PAULO
A situação dos aeroportos
do país lidera a lista de preocupações da CBF e da Fifa para o Mundial brasileiro.
O receio de um novo caos
aéreo é tamanho que as entidades decidiram, na semana
passada, fatiar o Brasil em
quatro regiões para evitar
que delegações e torcedores
façam viagens muito longas.
Embora ocorra já uma inquietação em relação à capacidade aeroportuária para a
Copa de 2014, os gargalos podem ser percebidos hoje.
De acordo com relatório da
Infraero, estatal que administra os aeroportos, 9 das 14
estruturas que serão utilizadas no Mundial operam no limite nos horários de pico.
Até o torneio, ainda segundo a Infraero, mais três aeroportos estarão no limite.
Levantamento feito pelo
governo federal aponta que o
aumento do número de passageiros no país cresce quase
o dobro da velocidade vista
no restante do mundo.
Entre as causas apontadas
está, além de um crescimento natural da demanda, a recente popularização dos preços das passagens aéreas.
PROBLEMAS
Foram apontadas limitações nos terminais de passageiros, pátios e pistas. O aeroporto de Guarulhos (Grande SP), por exemplo, tem pátio e terminal funcionando
acima da demanda. A pista
deve passar a operar no limite no ano da Copa do Mundo.
Entre as obras previstas
para desafogar o aeroporto
está a construção de um terceiro terminal de passageiros. A obra, orçada em R$ 950
milhões, aumentará a capacidade para 30,5 milhões de
passageiros por ano -em
2009 foram 21,7 milhões.
O estudo da Infraero aponta também que até aeroportos livres de problemas, caso
do Santos Dumont (RJ), apresentam áreas deficitárias.
Uma solução sugerida pela estatal é a instalação de
módulos operacionais -apelidados de ""puxadinhos"-
para atender aos passageiros
nos aeroportos em que acontecerem discrepâncias entre
o aumento da demanda e a
velocidade das obras.
Os módulos, de caráter
temporário e que têm custo
de aproximadamente R$
2.500 por metro quadrado,
poderão ser aproveitados em
aeroportos menores depois.
No Congresso, tramita
uma medida provisória que
permite desburocratizar licitações de obras em aeroportos que serão para acelerar as
reformas. A oposição, entretanto, tenta barrar o texto.
Texto Anterior: Inglaterra-2018 já tem estádios e garantias Próximo Texto: Quem manda?: O chefe e o barão Índice
|