DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

A venda de ingressos foi uma das operações mais complicadas na Copa de 2010. A Fifa e o COL reconheceram problemas na comercialização dos cerca de 3 milhões de bilhetes.
A operação foi feita pela Match, empresa com a qual a Fifa tem contrato. A entidade já sinalizou que a manterá no comando do negócio para 2014, mas prevê mudanças.
"A grande questão aqui foi a falta de costume do povo de comprar ingressos pela internet", explica o diretor de comunicação do COL, Rich Makhondo.
Quando as vendas ocorreram pela internet, os sul-africanos compraram pouco. Como os estrangeiros foram ao país em número abaixo do esperado, os ingressos encalharam.
Foi preciso que a Fifa abrisse postos de venda no país e aumentasse a quantidade de bilhetes com preços reduzidos para atrair os torcedores locais.
Mesmo assim, houve problemas. Quedas no sistema eletrônico da Match causaram revolta e perda de tempo para torcedores.
"Vamos olhar mais de perto esse sistema de venda no Brasil", declara o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, que descartou repassar a operação ao comitê brasileiro -isso foi feito na Alemanha-2006. "É muito complicado."
No Brasil, a negociação de ingressos na internet está em expansão. Mas tem apresentado problemas como a duplicidade de bilhetes e as quedas constantes dos sites.
A maior parte das entradas em jogos no país é vendida, muitas vezes com longas filas, nos estádios.
Na África, as arenas tinham nítidos espaços vazios, embora a Fifa tenha dito que a ocupação foi um sucesso. (RM)


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