São Paulo, Domingo, 14 de Fevereiro de 1999
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Marcelo Rossi, Rui Barbosa e Lima Sobrinho marcam 1º dia


da Sucursal do Rio

A música do padre Marcelo Rossi para esquentar a bateria do Salgueiro, a homenagem a Barbosa Lima Sobrinho feita pela União da Ilha e as surpresas da bateria da Viradouro são algumas das principais atrações do desfile de hoje.
A primeira escola a desfilar, a partir das 20h, será a São Clemente. A escola fará uma homenagem aos 150 anos de nascimento do jurista e político Rui Barbosa.
A União da Ilha vai contar a vida do jornalista Barbosa Lima Sobrinho, 102, presidente da Associação Brasileira de Imprensa. Só minutos antes do desfile o homenageado anunciará se irá ou não ao Sambódromo.
A montagem dos carros alegóricos da Ilha, destruídos por um incêndio e depois pela chuva, será concluída na concentração.
O carnavalesco Milton Cunha promete levar faixas de protesto contra os organizadores do Carnaval e a falta de estrutura de trabalho nos barracões.
A Portela, terceira a desfilar, homenageará o Estado de Minas Gerais. Seu samba, composto por Noca da Portela, tem um dos melhores refrães do ano. Paulinho da Viola estará à frente da escola, que terá também, sambando no chão, Adriane Galisteu.
O Salgueiro e a Vila Isabel fazem desfiles patrocinados por verbas oficiais. O Salgueiro recebeu R$ 300 mil do governo do Rio Grande do Norte e da Prefeitura de Natal para contar a história da capital potiguar.
A Vila Isabel falará da capital paraibana, João Pessoa, e ganhou patrocínio de R$ 360 mil da prefeitura da cidade. As duas escolas levarão para a avenida alegorias semelhantes, que remetem à paisagem e à história nordestinas.

Salgueiro
O Salgueiro vai inovar na concentração e usará o hit "Erguei as Mãos", do padre Marcelo Rossi, como esquenta -a música que anuncia a entrada da escola, antes mesmo do samba-enredo.
A Arquidiocese do Rio não aprovou a escolha, mas o Salgueiro não deu importância. Promete fazer na avenida a coreografia do hit católico, que movimentava os ensaios de sábado na quadra.
Elba Ramalho será a madrinha de bateria da Vila Isabel. A escola planeja distribuir na avenida rapadura e quitutes nordestinos.
O Império Serrano falará da rua 46, em Nova York, onde vivem muitos brasileiros. A rua será pano de fundo para a história de um brasileiro que migra para os EUA.

Viradouro
A Unidos do Viradouro, escola de Joãosinho Trinta, fecha o desfile do domingo com a história de Anita Garibaldi. O carnavalesco, famoso por seus enredos delirantes, vai misturar a vida da heroína com uma lenda em que feiticeiras se transformam em borboletas.
A bateria, agora sob a direção de mestre Ciça -mestre Jorjão, introdutor da batida funk no Sambódromo, voltou para a Mocidade-, promete parar de tocar durante o refrão do samba, para que os componentes sigam cantando sozinhos. Luma de Oliveira estréia como madrinha da bateria na escola.
A Viradouro tem um bom samba e vem para superar a decepção do ano passado, quando, depois de fazer bonito na avenida, amargou um quinto lugar. (FE)


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