Como são, como treinam, o que comem, o que vestem e o que pensam 11 atletas brasileiros em seu caminho rumo a um lugar no Pan-Americano do Rio

ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil se prepara para receber o principal evento esportivo das Américas. Bilhões de reais são gastos em obras, tecnologia, equipamentos, infra-estrutura e propaganda.
A partir do dia 13 de julho, no entanto, obras prontas ou não, o peso pelo sucesso do Pan irá recair também sobre os ombros de uma pequena legião que tentará carregar a bandeira do país ao topo do pódio.
Nos últimos meses, atletas brasileiros enfrentaram exaustivos treinos, exames e torneios para lapidar o corpo, preparar a mente e encarar a maratona que irá durar 17 dias.
A delegação que irá ao Rio será tão heterogênea quanto o país que defende. Diferentes realidades, condições de treino, ambições. Coadjuvantes e favoritos a cumprir suas rotinas em busca de uma medalha.
Para tentar esquadrinhar esse percurso, a Folha escalou sua seleção (afinal, este é o país do futebol): 11 esportistas, seis mulheres e cinco homens, de diferentes modalidades, que terão sua rotina acompanhada em cinco cadernos especiais.
Para a primeira edição, eles se reuniram e posaram para a foto que ilustra esta capa.
Especialistas, técnicos e atletas traçarão um panorama de como é o treinamento no Brasil à luz de cinco temas: fisiologia, preparação física, nutrição, equipamentos e psicologia.
"Quando chegamos ao nível olímpico, a heterogeneidade diminui. Pequenos detalhes ditam a diferença entre ouro, prata e bronze. Temos que investigar as características e as limitações de cada um", diz Antônio Carlos da Silva, diretor do Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Paulo.
O primeiro passo é desvendar como são formados os esportistas de elite, seu auge e seu limite e como fazer para mantê-los competitivos.


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