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Ficção científica
We Are Scientists
Adriana Küchler
Na capa do álbum de estréia, "With Love and Squalor" (2006), o trio americano We Are Scientists aparece acompanhado de três simpáticos gatinhos. Indagado sobre se os mascotes-símbolo da banda os acompanhariam no Brasil, o baterista Michael Tapper dá uma triste notícia: "não, eu matei eles!".
Depois de desmentir o ato de crueldade, Tapper explica que teve de "se livrar" dos bichanos por causa do sucesso. Há dois anos, tempo em que a banda está em turnê, ele (e por conseqüência os gati-nhos) não tem mais casa.
Formado por Tapper, pelo baixista Chris Cain e pelo vocalista e guitarrista Keith Murray, o WAS estourou com os hits dançantes "Nobody Move, Nobody Get Hurt" e "The Great Escape". Os garotos se conheceram na Califórnia e formaram a banda em Nova York, mas foram descobertos mesmo pelos ingleses. "Já disseram que nosso som parece com o das bandas britânicas. Quando começamos, não sabíamos muito sobre a cena inglesa, mas talvez seja mesmo. Por alguma razão, os ingleses gostam muito de nós."
As razões podem ser muitas: do look nerd, magrela e de óculos, que deu origem ao nome da banda, aos hits dance punk grudentos. Outro motivo seria o jeito de tocar: vendo a banda ao vivo, dá a impressão de que cada integrante toca uma música diferente. "Isso é de propósito", explica Michael. "Não quere-mos ficar dublando as nossas músicas. Essa é a nossa tentativa de fazer um
som mais 'cheio'."
O Brasil vai assistir ao último show da turnê do grupo, que já dividiu palcos com o Hot Hot Heat e pode repetir a dobradinha por aqui. O que eles esperam encontrar no país? "Um amigo me contou que jogam cobras nos carros para assustar as pessoas e roubá-las. Quero saber se isso é verdade", conta o baterista-piadista Tapper.
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