São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011 |
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ANÁLISE Ações de proteção não estão acompanhando a exploração PILAR CAROLINA VILLAR ESPECIAL PARA A FOLHA O uso das águas subterrâneas em Ribeirão Preto é anterior à denominação "aquífero Guarani", aprovada em 1996 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Os primeiros poços documentados em Ribeirão datam de 1920 e 1927 e pertenciam, respectivamente, ao Mosteiro do São Bento e à Companhia de Cerveja Antarctica Niger S.A. A exploração das águas do aquífero se intensifica progressivamente com o crescimento da cidade. Atualmente, há em torno de cem poços dedicados somente ao abastecimento público e estima-se que a extração das águas supera 13 vezes a sua recarga. Dito isso, percebe-se que as ações para a proteção do aquífero não acompanharam o ritmo de exploração de suas águas, o que gerou um sério rebaixamento no seu nível hídrico na região. O Projeto Aquífero Guarani, implementado em 2003, permitiu profunda discussão e incentivou melhoras na gestão das águas do aquífero -sobretudo no município. Apesar disso, ainda há muito a fazer. Os principais desafios são encontrar estratégias de gestão que realmente promovam um uso mais racional do aquífero e desenvolver um modelo de uso e ocupação do solo na zona leste compatível com a existência de áreas de recarga. PILAR CAROLINA VILLAR é advogada ambiental, doutoranda em ciência ambiental pela USP, pesquisadora da rede Waterlat e especialista em gestão ambiental pela Universidad San Pablo (Espanha) Texto Anterior: Uso do aquífero pode durar só 50 anos Próximo Texto: Acordos sobre a ocupação da zona leste geram impasse Índice | Comunicar Erros |
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