São Paulo, domingo, 19 de junho de 2011

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155 anos

Após 26 anos, cidade terá Come-Fogo na 1ª

Acesso do Comercial a elite do Campeonato Paulista devolve a Ribeirão o tradicional confronto com o rival Botafogo

Para Raí, que surgiu no Botafogo, momento é importante para que a cidade lucre também economicamente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


Depois de um jejum que durou 26 anos, Ribeirão Preto voltará a ter, em 2012, o clássico Come-Fogo na elite do Campeonato Paulista.
A retomada do tradicional confronto será possível porque o Comercial conseguiu, neste ano, obter o acesso pela primeira vez desde 1986, quando foi rebaixado em jogo polêmico: uma suposta "marmelada" entre o XV de Jaú e o América fez o time de Ribeirão cair de divisão.
"Aquilo ficou marcado, porque uma vitória do América seria suficiente para o Comercial não cair. Mas eles ficaram trocando passes o jogo inteiro, foi um desgosto", disse o comercialino João Aparecido Xavier, 67.
No histórico do confronto no Paulista, o Botafogo é superior: em 58 jogos, venceu 25, ante só 9 do adversário. Foram registrados 24 empates. O tricolor ainda marcou 75 gols e sofreu 54.
A última vez em que o Comercial ganhou do Botafogo na primeira divisão estadual foi em 1984, com gol marcado por Wilsinho no estádio Palma Travassos -onde o clube venceu sete dos nove duelos Come-Fogo.
No segundo jogo do mesmo ano, porém, o Botafogo venceu por 3 a 0.
"Eu fico feliz porque vou ver meu time na primeira divisão. Dá um ânimo diferente, vou sentir o que meu avô sentia", disse Pedro Xavier Junqueira, 17, neto de João.
O ex-jogador de futebol Raí, que iniciou a carreira no Botafogo, afirmou que os jogos entre as equipes na primeira divisão tinham um sabor especial.
"Era um clima tenso, de ter que conquistar a vitória. O Comercial subir para a primeira divisão traz uma rivalidade saudável, que motiva o próprio Botafogo."
Para ele, o momento dos dois times é importante para que Ribeirão se beneficie também economicamente.
"Sempre encaro que a cidade, com sua importância econômica, deveria estar muito melhor no cenário do futebol, com mais apoio da população. É preciso que se pense em como utilizar o potencial da região da melhor forma possível", afirmou o atleta, campeão do mundo em 1994. (GABRIELA YAMADA)


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