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Educomunicador estimula a circulação da informação
Nas escolas municipais, projeto já permite que alunos criem suas mídias
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Você já ouviu falar em um
educomunicador? Se a resposta é "não", fique tranquilo. O profissional ainda é desconhecido também pelas
empresas.
O educomunicador é o responsável pela gestão de projetos que unem comunicação
e educação. Ele pode trabalhar em escolas, no terceiro
setor, em empresas de mídia
e com pesquisa.
Na TV USP, o programa
"Quarto Mundo" é um exemplo de projeto educomunicativo, em que estudantes do
ensino médio e profissionais
de comunicação atuam juntos. Os alunos fazem desde a
pauta até a edição do programa de TV.
"A comunicação passa a
ser um elemento de todo
mundo, ela dá voz ao aluno e
ao educador", diz Carlos Alberto Mendes. Ele preside o
comitê que implementa uma
lei municipal que institui a
educomunicação nas escolas
públicas de São Paulo.
A partir da lei, foi criado o
programa Educomunicação
pelas Ondas do Rádio, que
estimula a produção de programas de rádio e TV, blogs e
jornais comunitários, entre
outras formas de mídia, nas
escolas municipais.
Para João Alegria, 46, gerente de programação, jornalismo e engenharia do Canal
Futura, o fato de o mercado
de atuação do educomunicador estar em construção não
é um empecilho para a formação dos novos profissionais também nas empresas.
Ana Paula Chinelli, 30, diretora de jornalismo da TV
USP, diz que, como esse é um
campo novo, é preciso "criar
conceitos do zero".
A USP criou o curso de licenciatura na área neste ano
e passará a oferecer vagas já
para 2011. "O professor de comunicação é uma demanda
[nas unidades educacionais]", diz Ismar Soares,
coordenador do curso.
Mas a universidade paulista não foi a pioneira. Neste
ano, a UFCG (federal de Campina Grande, na Paraíba) iniciou as atividades do curso
de bacharelado em educomunicação.
A aluna Ana Caroline
Araújo, 19, conta que, por ser
um curso recente, existem dificuldades. "Tudo o que é novo sofre preconceito", diz.
(ANA PAULA ANJOS)
FOLHA.com
Ouça entrevista com João
Alegria, do Canal Futura
folha.com.br/mm798002
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