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Gerontólogo melhora a vida dos idosos
Profissional pode atuar nas áreas social e de saúde,
em atividades diferentes das realizadas por geriatras
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não foi por acaso que a gerontóloga Paula Schimidt
Brum, 23, escolheu sua profissão. Desde pequena, ela se
interessa pelas questões relacionadas aos idosos.
Formada na 1ª turma da
USP-Leste, ela se destacou
no programa Universidade
Aberta à Terceira Idade. No
projeto, que é voltado à saúde de pessoas com mais de
60 anos, Paula organizava
atividades de memorização.
"A gerontologia me abriu
os olhos para uma condição
natural do ser humano", diz.
Hoje, Paula coordena oficinas de estimulação cognitiva para idosos no Hospital
das Clínicas de São Paulo e
também faz mestrado em psiquiatria na USP.
O curso de graduação em
gerontologia é dividido em
áreas como biologia, psicologia e serviço social, além de
ter administração com foco
na saúde do idoso.
A coordenadora do curso
da UFSCar (federal de São
Carlos), Sofia Cristina Iost
Pavarini, diz que o gerontólogo não substitui o geriatra
(médico especializado na
saúde do idoso).
"A ênfase está em gestão
com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida do idoso."
Entre as opções de trabalho, há hospitais, clínicas,
serviços de saúde e de convivência para o idoso, no setor
público e no privado.
Outra profissional com
gosto pelo trato com os idosos é Tatiane Barbosa de Andrade, 23. Ela integra a ONG
Saúde da Família, na área de
prevenção de DSTs (doenças
sexualmente transmissíveis)
na terceira idade.
"O envelhecimento precisa ser mais discutido do ponto de vista social. O idoso deve ser tratado como adulto."
A coordenadora do curso
de gerontologia da USP, Monica Sanches Yassuda, ressalta que boa parte dos formandos consegue trabalho
rapidamente e que o salário
inicial para esse profissional
fica na faixa de R$ 2.500.
"É um mercado em expansão, devido ao aumento da
expectativa de vida da população", analisa.
MERCADO DE TRABALHO
Já Silvio Bock, diretor da
Nace, empresa de orientação
educacional, não acredita
que o emprego venha fácil.
"O gerontólogo não é médico, não é fisioterapeuta
nem educador. Não sei onde
ele vai trabalhar, apesar de o
mundo estar envelhecendo."
A estudante do 3º ano de
gerontologia da USP, Natália
Nicola, 20, acredita que as
chances são boas. "Tenho
vários colegas trabalhando."
Apenas três universidades
oferecem a formação, mas
esse número deve aumentar.
A UFMG anunciou que lançará o curso de gestão gerontológica para ingresso em 2012.
(ALADIM LOPES GONÇALVES)
FOLHA.com
Ouça entrevista com a
gerontóloga Paula
Schimidt Brum
folha.com.br/mm798378
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