São Paulo, sexta, 20 de junho de 1997.



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Bebida alimenta o corpo e a alma

JOSÉ RUY SAMPAIO
especial para a Folha

O cientista francês Louis Pasteur, descobridor das bactérias e do fenômeno da fermentação, que é a base da produção do vinho, afirmava, por volta de 1850, que o vinho era a bebida mais sadia que existe. Continua sendo assim. O vinho pode e deve ser considerado um grande alimento.
Não só por prazer, mas pela necessidade de produzir calorias fáceis e rápidas, grande parte da população européia consome vinho diariamente. Como alimento, possui várias substâncias nutritivas, como as vitaminas A, B e C. Além dos açúcares, de fácil digestão, encontramos minerais como cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio, cloro, ferro, cobre, manganês, zinco, iodo e cobre.
Em doses pequenas o álcool e outras substâncias do vinho funcionam como uma espécie de desinfetante interno. Quando ingerido, impedem ou diminuem a proliferação de bactérias patogênicas. Além disso, o vinho estimula o apetite, agindo sobre as papilas olfativas e gustativas.
Recentes pesquisas indicam que o vinho tinto teria substâncias vasodilatadoras coronarianas, bloqueadoras de fatores que desencadeariam o infarto e diminuiriam a produção do mau colesterol. Além de ter ação protetora das hemorragias capilares, por efeito de seus taninos, e ser antianêmico, pelo conteúdo de ferro em sua composição.
Finalmente, o sedutor efeito euforizante, bom para qualquer espírito. Mas... vá devagar, sempre em doses pequenas, parceladas, e viva mais.



José Ruy Sampaio, 60, é médico e amante de vinhos.




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