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Bebida alimenta
o corpo e a alma
JOSÉ RUY SAMPAIO
especial para a Folha
O cientista francês Louis Pasteur, descobridor das bactérias e do
fenômeno da fermentação, que é a base da produção do vinho, afirmava,
por volta de 1850, que o vinho era a bebida mais sadia que existe.
Continua sendo assim. O vinho pode e deve ser considerado um grande
alimento.
Não só por prazer, mas pela necessidade de produzir calorias fáceis e
rápidas, grande parte da população européia consome vinho diariamente.
Como alimento, possui várias substâncias nutritivas, como as vitaminas
A, B e C. Além dos açúcares, de fácil digestão, encontramos minerais
como cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio, cloro, ferro, cobre,
manganês, zinco, iodo e cobre.
Em doses pequenas o álcool e outras substâncias do vinho funcionam como
uma espécie de desinfetante interno. Quando ingerido, impedem ou
diminuem a proliferação de bactérias patogênicas. Além disso, o vinho
estimula o apetite, agindo sobre as papilas olfativas e gustativas.
Recentes pesquisas indicam que o vinho tinto teria substâncias
vasodilatadoras coronarianas, bloqueadoras de fatores que desencadeariam
o infarto e diminuiriam a produção do mau colesterol. Além de ter ação
protetora das hemorragias capilares, por efeito de seus taninos, e ser
antianêmico, pelo conteúdo de ferro em sua composição.
Finalmente, o sedutor efeito euforizante, bom para qualquer espírito.
Mas... vá devagar, sempre em doses pequenas, parceladas, e viva mais.
José Ruy Sampaio, 60, é médico e amante de vinhos.
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