Três cursos dão formação para quem vai trabalhar com tecnologia da informação

IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com crise ou sem, o setor de tecnologia da informação mantém média de crescimento de 20% ao ano no país, segundo a Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Com isso, a necessidade por profissionais qualificados supera o número de formandos, diz Sérgio Sgobbi, diretor de capacitação da entidade.
Assim, a disputa das empresas pelas melhores cabeças eleva os salários para os cargos de gerência, justificando a posição entre as dez carreiras mais bem remuneradas segundo a FGV.
Em linhas gerais, a graduação nessa área pode ser dividida em duas "famílias". Em comum (para surpresa de muitos ingressantes no curso), está o aprofundamento dos conhecimentos matemáticos.
No primeiro ramo, que entende a informática como um fim, estão a engenharia de computação (ênfase no hardware, a parte física do computador) e a ciência da computação (ênfase no programa, o software).
O outro grupo encara a informática como um meio. Aí fica o curso de sistemas de informação, que prepara o profissional para a aplicação das tecnologias computacionais na gestão de um negócio. No currículo, entram disciplinas de administração e economia, por exemplo.
"Em geral, no Brasil, os profissionais que estão saindo desses cursos de computação acabam atuando em áreas muito próximas", diz Aparecido Nilceu Marana, coordenador do curso de ciência da computação da Unesp de Bauru.

Escolha
Diretor de TI (tecnologia da informação) da indústria farmacêutica AstraZeneca, Rogério Ribeiro, 39, define seu cargo como híbrido, misturando conhecimento técnico e experiência de gerenciamento.
Tendo começado na profissão com um perfil mais técnico e, mais tarde, com experiência gerencial nos EUA, Ribeiro considera que há um momento em que o profissional precisa decidir entre ser um especialista em determinada tecnologia ou se tornar um gestor.
Para ele, essa etapa ocorreu há cerca de cinco anos. "A minha realização realmente está na área de gestão", diz.
Aos 25 anos, o analista de database e marketing júnior do Citibank Eduardo Zanon Narchi já planeja chegar a um cargo de gerência em dois anos.
Narchi concluiu em junho o curso de sistemas de informação na Faap e fez diferentes estágios até ser efetivado pelo banco. "A partir do momento em que me formei, a quantidade de ofertas de trabalho que recebi foi muito grande."


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