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ODONTOLOGIA
IMPLANTE DE DENTE E APARELHO RENDEM SALÁRIOS MAIORES
Para atuar nessas áreas, cirurgião-dentista pode optar por um curso de especialização ou um mestrado
FLÁVIA MARTIN
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As técnicas de implantação
de dentes (implantodontia), de
colocação de aparelhos (ortodontia) e de procedimentos ligados à estética, como clareamento, são campos em alta para os cirurgiões-dentistas (como esses profissionais são registrados no Ministério da
Educação).
E, por consequência, essas
são as áreas que pagam melhor
aos profissionais da odontologia, carreira que está em nono
lugar no estudo da FGV sobre
remuneração.
O objetivo da graduação em
odontologia é formar um profissional generalista, que conheça os diversos campos da
profissão.
Após a faculdade, pode-se
optar por um curso de especialização ou um mestrado.
"No começo, escolher a especialidade é difícil. O aluno só vai
ver o que é odontologia clínica
nos últimos anos", afirma o cirurgião-dentista Mário Cap-
pellette Júnior, coordenador
de cursos da Associação Brasileira de Odontologia.
Nos dois primeiros anos da
graduação, de modo geral, as
disciplinas são básicas, como
anatomia e fisiologia do corpo
humano, por exemplo. Depois
disso, entram as matérias específicas da profissão, como endodontia (prótese) e diagnóstico de lesões bucais.
Além de dedicação -muitas
faculdades oferecem o curso
em período integral-, quem
escolhe a odontologia deve ter
em mente que precisa investir
em material e instrumentos
durante e após a graduação.
"Para que o aluno possa exercer a profissão é preciso ter um
capital inicial", alerta José Inácio Toledo, diretor de odontologia da PUC-Campinas.
Na época do cursinho pré-vestibular, a cirurgiã-dentista
Ivana Uglik Garbui, 46, diretora da Associação Paulista de Especialistas em Ortodontia, só
sabia que a carreira que queria
seguir seria na área da saúde.
Ela escolheu prestar o exame
para o curso de odontologia por
causa de sua habilidade com as
mãos e pela chance de ter estabilidade econômica.
"É uma profissão muito gratificante. A parte financeira é
consequência da atuação", diz
Ivana, formada há 23 anos.
Ao final da faculdade, um estágio numa clínica de ortodontia definiu a sua especialização.
Mesmo gostando de diversas
áreas da odontologia, Aubrey
Fernando Fabre, 29, acabou
optando pela ortodontia. Ele
fez três anos de estágio na própria faculdade, a Unesp, em
Araçatuba (a 527 km de SP),
além de cursos de aperfeiçoamento na área antes de entrar
no mestrado.
"A concorrência é para todo
mundo. Se você não busca se diferenciar, não vai conseguir nada", afirma ele.
Do piso aos altos salários
Segundo o Sindicato dos
Odontologistas do Estado de
São Paulo, o piso salarial nacional de um cirurgião-dentista,
para uma jornada de 20 horas
semanais, é de três salários mínimos, mais 40% de adicional
de insalubridade. O valor atual
é de R$ 1.953.
Para se chegar a salários que
podem passar de R$ 20 mil, dizem profissionais consultados
pela Folha, além de um aperfeiçoamento constante na especialidade escolhida, é preciso
conquistar uma boa clientela,
ter experiência e maturidade
profissional.
"Isso não acontece a curto ou
médio prazo", diz André Passarelli, coordenador do curso de
odontologia da Metodista.
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