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Jovem de 27 anos é homem por trás dos pronunciamentos do novo presidente
DA EFE
Quando Jon Favreau conheceu Barack Obama em 2004, tinha apenas 23 anos. Atualmente ele é o principal encarregado
de redigir os discursos do presidente americano, que ganhou
notoriedade justamente por
seus dotes de oratória.
Coautor do discurso de posse, Favreau -a quem todos
chamam de Favs- conheceu
Obama em julho de 2004, durante a convenção do Partido
Democrata, em Boston.
Foi um momento crucial para o então desconhecido senador de Illinois, cujo discurso -
"Não há EUA brancos e EUA
negros, mas sim os Estados
Unidos da América"- o lançou
na cena política nacional.
Favreau, que trabalhava na
campanha do então candidato
presidencial John Kerry, estava atrás do palco enquanto
Obama ensaiava seu discurso.
Em um determinado momento, interrompeu Obama com a
advertência de ele que deveria
trocar uma frase, para evitar a
repetição de palavras.
"Ele ficou me olhando um
tanto confuso, como dizendo
"quem é este jovem?'", lembrou
Favreau ao "New York Times".
A derrota de Kerry o deixou
desempregado, mas bons contatos o recomendaram ao atual
chefe. À época, Obama tinha
bastante tempo livre. Ele e Favreau se conheceram bem.
O redator se impregnou logo
da retórica do político, para redigir discursos que refletem
sua voz. A julgar pelos resultados, o entrosamento entre eles
funciona perfeitamente.
Segundo o porta-voz da transição, Favreau, Obama e seu assessor político David Axelrod
se reuniram antes do feriado de
Ação de Graças (no fim de novembro) para tratar do discurso de posse. No início de dezembro, Favreau concluiu a
primeira versão.
Após conversas adicionais
com Obama, Favreau e sua
equipe elaboraram uma nova
versão durante as festas de fim
de ano. Nos dois últimos finais
de semana, o presidente editou
e alterou o texto, após receber
novos comentários e sugestões
de Axelrod e Favreau.
Ontem, segundo o "Times",
assessores de Obama disseram
ter consultado também o historiador David McCullough, Doris Kearns Goodwin (biógrafa
do presidente Lincoln) e Ted
Sorensen (redator de discursos
do presidente Kennedy).
Sobre seus antecessores encarregados de redigir os discursos presidenciais, Favreau confessa que a favorita é Peggy
Noonan, que trabalhou para
Ronald Reagan. E elogiou também Michael Gerson, que trabalhou para George W. Bush.
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