São Paulo, Domingo, 21 de Março de 1999
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Seis brasileiros votam

CLAUDIA ASSEF
especial para a Folha

Seis brasileiros podem influenciar diretamente no resultado do Oscar: o cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, o diretor de fotografia Lauro Escorel, o ex-vice-presidente da American Film Marketing Association (AFMA), Pedro Teitelbaum, a atriz Sônia Braga e os cineastas Fábio e Bruno Barreto.
Apesar de estarem em minoria diante dos 5.557 membros votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywood, eles podem dar o voto de minerva e definir nomes que vão direto para o concorrido envelopinho vermelho.
Os integrantes da Academia são escolhidos de duas maneiras: por meio de indicação de outros membros ou por já terem concorrido ao Oscar. "Fui indicada depois de "O Beijo da Mulher Aranha'", diz Sônia Braga, que não votou este ano porque estava no Brasil. "Essa história de lobby sobre os membros da Academia não faz sentido. Cada um vota nos seus preferidos", garante a atriz.
Fábio Barreto, que passou a integrar a Academia depois que seu filme "O Quatrilho" foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1996, faz questão de declarar seus votos principais. "Para melhor filme escolhi "A Vida É Bela", e como melhor filme estrangeiro votei em "Central do Brasil'", revela.
"Lobby, na Academia, existe, é claro. Mas os membros votam segundo a consciência deles."
O diretor de fotografia Lauro Escorel, que trabalhou em "Brincando nos Campos do Senhor", de Babenco, acredita que o reconhecimento internacional seja essencial para o desenvolvimento do cinema brasileiro. "Voltamos a fazer bons filmes e isso tem refletido em premiações importantes."
Ex-vice-presidente da AFMA, Pedro Teitelbaum é membro há 25 anos. Ele também garante que a votação é seríssima. "Os votos são digitados por uma auditoria", explica.


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