|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Seis brasileiros votam
CLAUDIA ASSEF
especial para a Folha
Seis brasileiros podem influenciar diretamente no resultado do Oscar: o cineasta argentino naturalizado brasileiro
Hector Babenco, o diretor de
fotografia Lauro Escorel, o ex-vice-presidente da American
Film Marketing Association
(AFMA), Pedro Teitelbaum, a
atriz Sônia Braga e os cineastas
Fábio e Bruno Barreto.
Apesar de estarem em minoria diante dos 5.557 membros
votantes da Academia de Artes
e Ciências Cinematográficas de
Holywood, eles podem dar o
voto de minerva e definir nomes que vão direto para o concorrido envelopinho vermelho.
Os integrantes da Academia
são escolhidos de duas maneiras: por meio de indicação de
outros membros ou por já terem concorrido ao Oscar. "Fui
indicada depois de "O Beijo da
Mulher Aranha'", diz Sônia
Braga, que não votou este ano
porque estava no Brasil. "Essa
história de lobby sobre os
membros da Academia não faz
sentido. Cada um vota nos seus
preferidos", garante a atriz.
Fábio Barreto, que passou a
integrar a Academia depois
que seu filme "O Quatrilho" foi
indicado ao Oscar de melhor
filme estrangeiro, em 1996, faz
questão de declarar seus votos
principais. "Para melhor filme
escolhi "A Vida É Bela", e como
melhor filme estrangeiro votei
em "Central do Brasil'", revela.
"Lobby, na Academia, existe,
é claro. Mas os membros votam
segundo a consciência deles."
O diretor de fotografia Lauro
Escorel, que trabalhou em
"Brincando nos Campos do Senhor", de Babenco, acredita
que o reconhecimento internacional seja essencial para o desenvolvimento do cinema brasileiro. "Voltamos a fazer bons
filmes e isso tem refletido em
premiações importantes."
Ex-vice-presidente da AFMA, Pedro Teitelbaum é membro há 25 anos. Ele também garante que a votação é seríssima.
"Os votos são digitados por
uma auditoria", explica.
Texto Anterior: Academia "esnoba" filmes estrangeiros Próximo Texto: Brasil já concorreu a seis Oscar desde 62 Índice
|