|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil já concorreu a seis Oscar desde 62
especial para a Folha
Quatro indicações em quatro
anos. Esse é o saldo -positivo-
que o cinema brasileiro obteve entre as premiações do Oscar de 1996
a 1999. O prêmio propriamente dito continua encruado.
Hoje à noite, porém, o filme de
Walter Salles terá mais chances de
desencruar, já que está na disputa
em duas categorias
(melhor filme estrangeiro e melhor atriz).
A primeira indicação
de um filme brasileiro
ao Oscar aconteceu em
1962, quando "O Pagador de Promessas", de
Anselmo Duarte, foi
escolhido como um
dos cinco concorrentes
ao prêmio de melhor
filme estrangeiro. A
obra-prima de Duarte
não levou o Oscar, mas
abocanhou a Palma de
Ouro daquele ano, no
Festival de Cannes.
Vinte anos mais tarde, a diretora Tetê
Smith Vasconcellos
(irmã da deputada
Marta Suplicy) teve
seu filme "El Salvador: Outro Vietnã" escolhido para concorrer na
categoria de melhor documentário.
"Já sabia que não iria ganhar porque tinha uma produção de US$ 6
milhões que falava do holocausto
concorrendo na mesma categoria", lembra Tetê. "Mas só o fato de
o filme ser indicado abre muitas
portas. Você ganha status e recebe
ofertas de emprego", conta. "E,
apesar de a festa do Oscar ser uma
coisa superbrega, sempre tem gente interessante."
Em 1986, o diretor argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco teve o seu "O Beijo da Mulher Aranha" indicado nas categoria de melhor filme e melhor ator.
O prêmio saiu para o ator William
Hurt.
O período de entressafra do cinema nacional se estendeu do fim da
década de 80 até a metade dos anos
90, quando surgiu uma nova leva
de filmes brasileiros. Entre eles estava "O Quatrilho", de Fábio Barreto, indicado ao Oscar de melhor
filme estrangeiro em 1996. "A indicação traz novas possibilidades.
Mas trabalhar naquela atmosfera
hollywoodiana é muito cruel",
avalia. Em 1998, foi a vez de "O Que
É Isso, Companheiro?", filme do
irmão Bruno, ser indicado ao Oscar na mesma categoria.
(CA)
Texto Anterior: Seis brasileiros votam Próximo Texto: Cohn deve fazer mais filmes com Salles Índice
|