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"Mães da praça
de Maio" não
se intimidam
DE BUENOS AIRES
A repressão do governo,
após a declaração de estado
de sítio na noite de quarta-feira, não intimidou as conhecidas "mães da praça de
Maio". As senhoras não deixaram de cumprir o ritual de
se reunirem às quintas-feiras
na praça de Maio, como protesto ao desaparecimento de
filhos e parentes durante a
ditadura militar argentina.
Além de seu protesto habitual, as "mães" se juntaram
aos manifestantes que pediam a renúncia do presidente Fernando de la Rúa.
Acabaram sendo expulsas
da praça junto com os manifestantes.
Uma das mulheres foi parar no hospital, atingida por
uma das balas de borracha
disparadas pelos policiais.
Algumas têm mais de 80
anos.
"O estado de sítio simboliza a incapacidade de o presidente governar. Não adianta
simplesmente o Cavallo
[Domingo, ex-ministro da
Economia] se ir. O povo sabe disso e está nas ruas. Precisamos de mudanças radicais na política e na economia, começando por deixar
de pagar a dívida externa",
disse Maria Gutman, representante da associação que
reúne as "mães da Plaza de
Mayo".
(FV)
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