São Paulo, sexta-feira, 21 de dezembro de 2001

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ENTENDA A DÍVIDA

Calote argentino é iminente para agências de risco

O "default" (calote) da dívida argentina é iminente, na opinião da agência de risco Fitch e do banco de investimentos JP Morgan. Para este último, o país deverá decretar moratória ainda no primeiro trimestre de 2002.
Segundo as instituições, o agravamento da crise social no país e a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo, na madrugada de quinta-feira, são um sinal de que a Argentina deve entrar em breve em "default".
Até agora, a Argentina cumpriu os prazos e pagou em dia todas suas obrigações financeiras. Na segunda-feira, o governo argentino pagou US$ 57 milhões em juros dos bônus globais com vencimento em 2015 e, na quarta, desembolsou US$ 84 milhões em juros de papéis com vencimento em 2008.
A preocupação do mercado é em relação à capacidade de o país conseguir pagar toda a sua dívida, de cerca de US$ 132 bilhões.
Segundo um comunicado da Fitch, "um grande e desordenado calote (...) do governo argentino é iminente".
O JP Morgan disse em um relatório divulgado ontem esperar que o país deverá declarar moratória em menos de três meses.
"Acreditamos que é alto o risco de que uma moratória seja declarada no primeiro trimestre", diz a nota da instituição.


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