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ENTENDA A DÍVIDA
Calote argentino é iminente para agências de risco
O "default" (calote) da dívida argentina é iminente,
na opinião da agência de risco Fitch e do banco de investimentos JP Morgan. Para
este último, o país deverá decretar moratória ainda no
primeiro trimestre de 2002.
Segundo as instituições, o
agravamento da crise social
no país e a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo, na madrugada
de quinta-feira, são um sinal
de que a Argentina deve entrar em breve em "default".
Até agora, a Argentina
cumpriu os prazos e pagou
em dia todas suas obrigações
financeiras. Na segunda-feira, o governo argentino pagou US$ 57 milhões em juros dos bônus globais com
vencimento em 2015 e, na
quarta, desembolsou US$ 84
milhões em juros de papéis
com vencimento em 2008.
A preocupação do mercado é em relação à capacidade
de o país conseguir pagar toda a sua dívida, de cerca de
US$ 132 bilhões.
Segundo um comunicado
da Fitch, "um grande e desordenado calote (...) do governo argentino é iminente".
O JP Morgan disse em um
relatório divulgado ontem
esperar que o país deverá declarar moratória em menos
de três meses.
"Acreditamos que é alto o
risco de que uma moratória
seja declarada no primeiro
trimestre", diz a nota da instituição.
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