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Banco Mundial
e FMI viam país
como exemplo
DE WASHINGTON
Hoje quebrada e isolada do resto do mundo, a economia argentina era, há poucos anos, exemplo
clássico usado pelo FMI e pelo
Banco Mundial de como um país
em desenvolvimento deve agir
para fugir de problemas.
"A Argentina é um dos países
onde as reformas estruturais mais
avançaram", diz um relatório do
FMI, de setembro de 1999, sobre
as reformas estruturais de países
da América Latina. "Tendo começado em 1989/90, o processo de
reformas ganhou ímpeto a partir
de 1991, com a introdução de um
regime de câmbio que foi a espinha dorsal do programa de estabilização do governo. Nos anos
seguintes, avanços foram feitos
pelo país em todos os setores."
Conforme esse e outros relatórios do FMI (de 97 a 99), os mesmos aspectos da economia que
hoje são vistos como pontos frágeis, como o sistema cambial e a
falta de mecanismos de estímulo
às exportações, eram virtudes.
No auge da crise asiática, o FMI
parabenizou a Argentina pelo fato
de seu sistema financeiro ter sido
privatizado de tal forma que "não
permitiu o mesmo acúmulo de
dívidas pelo setor privado verificado no Sudeste Asiático."
Conforme observou-se depois
de 1997, os países asiáticos que se
recuperaram das crises financeiras conseguiram atrair dólares
por meio de exportações financiadas por instituições do governo.
Num relatório de março de
1998, o Banco Mundial diz que o
país "é um caso único" por causa
das reformas liberais conduzidas
pelo país. Segundo o relatório, os
efeitos da crise mundial sobre sua
economia "são e serão sempre pequenos".
(MA)
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