São Paulo, sexta-feira, 21 de dezembro de 2001

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Banco Mundial e FMI viam país como exemplo

DE WASHINGTON

Hoje quebrada e isolada do resto do mundo, a economia argentina era, há poucos anos, exemplo clássico usado pelo FMI e pelo Banco Mundial de como um país em desenvolvimento deve agir para fugir de problemas.
"A Argentina é um dos países onde as reformas estruturais mais avançaram", diz um relatório do FMI, de setembro de 1999, sobre as reformas estruturais de países da América Latina. "Tendo começado em 1989/90, o processo de reformas ganhou ímpeto a partir de 1991, com a introdução de um regime de câmbio que foi a espinha dorsal do programa de estabilização do governo. Nos anos seguintes, avanços foram feitos pelo país em todos os setores."
Conforme esse e outros relatórios do FMI (de 97 a 99), os mesmos aspectos da economia que hoje são vistos como pontos frágeis, como o sistema cambial e a falta de mecanismos de estímulo às exportações, eram virtudes.
No auge da crise asiática, o FMI parabenizou a Argentina pelo fato de seu sistema financeiro ter sido privatizado de tal forma que "não permitiu o mesmo acúmulo de dívidas pelo setor privado verificado no Sudeste Asiático."
Conforme observou-se depois de 1997, os países asiáticos que se recuperaram das crises financeiras conseguiram atrair dólares por meio de exportações financiadas por instituições do governo.
Num relatório de março de 1998, o Banco Mundial diz que o país "é um caso único" por causa das reformas liberais conduzidas pelo país. Segundo o relatório, os efeitos da crise mundial sobre sua economia "são e serão sempre pequenos". (MA)



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