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crédito
Empresário prefere negociar com fornecedores
Pesquisa do Sebrae aponta predileção por parcelar débitos em vez de emprestar de bancos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como não há fomento para
apoiar a abertura de um negócio -exceto para franquias e
para os voltados à inovação -, o empreendedor deve pensar bem
em como e onde obter capital.
"No plano de negócios, é preciso considerar fatores que impactam o empreendimento e
levantar a infraestrutura necessária", pondera Fabio Campos, consultor do Sebrae-SP
(Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas).
Dariane Castanheira, professora do Procede (Programa de
Capacitação de Empresas e Desenvolvimento), da FIA, vai
além. "É preciso definir a estratégia e o plano financeiro. Sem
isso, não adianta ter boas fontes
de financiamento", crava.
A oferta de crédito a micro e
pequenos empresários paulistas cresceu de 2005 a 2008,
mas eles acham que obter dinheiro em bancos é caro e burocrático, segundo pesquisa
feita neste ano pelo Sebrae-SP
com 300 empresas.
Em 2005, só 6% das MPEs
haviam feito empréstimo bancário, cifra que foi a 20% em
2008 e recuou para 14% neste
ano, embora 89% das companhias que pediram crédito tenham obtido o dinheiro.
Nos casos em que o dinheiro
foi negado (11%), insuficiência
de documentos foi o principal
problema em 20% deles, seguido de registro no Cadin (cadastro de créditos não quitados do
setor público federal) ou no Serasa Experian (18%).
Momento delicado
As principais fontes de financiamento são negociação de
prazos com fornecedores
(68%) -assim, poupam para
fazer caixa-, cheque especial
ou cartão de crédito (51%) e
cheque pré-datado (47%).
Pedir crédito como pessoa física é arriscado. "Só é útil se a
rentabilidade do negócio suportar o custo do dinheiro, mas
é o pior caminho", diz Campos.
A taxa de juros do cheque especial varia de 0,91% a 9,04%
ao mês, segundo o Banco Central. No empréstimo pessoal,
vai de 1,08% a 20,48% mensais.
O ideal, diz Campos, é poupar
antes de iniciar o negócio ou se
associar a quem já tenha o dinheiro. Ter um sócio, porém,
implica abrir mão de ser soberano para tomar decisões.
O plano de negócios ajuda a
buscar crédito, pois demonstra
à instituição financeira se o
projeto é viável ou não.
O site do Sebrae-SP tem uma
lista de linhas de financiamento e resposta a dúvidas frequentes (www.sebraesp.com.br/melhorando
_empresa/servicos_financeiros).
(RGV)
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