São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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Educadoras se opõem a uso de câmera na aula

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O monitor mostra o pátio vazio até que João Pedro, 4, aparece. É o que a advogada Andrea Bertoli vê no computador do seu escritório, ao acessar a webcam do colégio, e isso entrou na lista de critérios para a matrícula. E João Pedro, 4, o que acha de estar sendo observado? "Para ele é importante saber que eu parei para vê-lo."
Mas o uso de câmeras exibindo alunos recebe restrições de especialistas. Inclusive de diretores dos colégios com câmeras. Andrea Caram Oliveira, orientadora do Meu Castelinho, diz que "a escola é o único lugar em que a criança tem para interagir longe da influência dos pais" e que, por isso, se opõe a webcam nas salas.
"A escola tem que depositar confiança no aluno. Se se percebe muito vigiada, a criança se sente sufocada", afirma Maria Cecília Cortez, vice-diretora da Faculdade de Educação da USP.


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