São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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COPA 2002

Copa-94, Coréia, família

A Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão, que começa no próximo dia 31, talvez seja a mais importante de toda a trajetória de Ricardo Teixeira nos bastidores do futebol brasileiro e mundial.
A conquista do título não apagará os erros do passado, mas poderá reforçar a imagem de um dirigente empreender e vitorioso que Teixeira se esforça para cultivar. Já um desastre do time de Luiz Felipe Scolari será, sem dúvida, creditado aos problemas vividos pela CBF nos últimos anos.
Ciente da importância do primeiro Mundial na Ásia, Teixeira, como já havia feito em 1994 nos EUA, se embrenhou na preparação da seleção, na montagem da delegação e nos bastidores do maior evento esportivo do planeta. Foi ele, por exemplo, quem fechou o acordo com a Prefeitura de Ulsan, onde a seleção ficará hospedada na Coréia, segundo o qual a administração da cidade irá custear quase todas as despesas do time na primeira fase, inclusive traslados aéreos pelo país.
O dirigente pressionou os coreanos na última hora. No Rio de Janeiro, os anfitriões da seleção, constrangidos, aceitaram as condições impostas pela CBF.
Neste ano, Teixeira se aproximou de Scolari e deu apoio ao técnico. Também contratou Rodrigo Paiva, assessor pessoal do atacante Ronaldo para o cargo de assessor de imprensa da seleção. O chefe da delegação é Weber Magalhães, presidente da federação do Distrito Federal e amigo pessoal do dirigente. Enfim, se existe mesmo uma "família Scolari", ela está intimamente envolvida por outro clã, o de Teixeira.



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