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São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2003

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Mudança de método cria lacunas

DA SUCURSAL DO RIO

Para fazer as "Estatísticas do Século XX", o IBGE compilou, sintetizou e padronizou dados de publicações anteriores da instituição.
As principais fontes são os Censos (realizados em 1900, 1920, 1940, 1950, 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000), as Pnads (Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios), realizadas a partir de 1967, e os 60 Anuários Estatísticos publicados a partir de 1938, além de outras pesquisas.
A principal dificuldade foi obter séries históricas longas para todos os indicadores, não só pela inexistência de dados para todo o século como pelas mudanças metodológicas e as alterações dos órgãos responsáveis pelas estatísticas nacionais.
A mudança de metodologia aponta também para uma mudança de mentalidade: no início do século, por exemplo, pouco se pesquisava sobre a situação da mulher. A pesquisa sobre cor, feita no último Censo do século 19, em 1890, só reapareceu no Censo de 1940.
No início do século, não havia pesquisa sistemática sobre infra-estrutura urbana. Com o Anuário Estatístico de 1938, foram publicados pela primeira vez dados de saneamento, abastecimento de água e coleta de lixo no Distrito Federal, nas capitais e nos municípios onde esses serviços existiam.
No início do século, o Departamento Nacional de Estatística era o responsável pelas informações nacionais. Quando foi extinto, em 34, suas atribuições passaram aos ministérios de cada setor. No mesmo ano foi criado o Instituto Nacional de Estatística, transformado em 36 em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Foi o IBGE quem instituiu a divisão regional do país, que se alterou várias vezes desde então. O Censo de 1940 é considerado o primeiro moderno do Brasil. Não houve censos em 1910 e 1930.
A publicação "Estatísticas do Século XX", com 542 págs. e um CD-Rom de 16 mil tabelas, vai custar R$ 140. O CD apenas custará R$ 10. Podem ser adquiridos nas livrarias do IBGE ou no seu site (www.ibge.gov.br). (FE)


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