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Mudança de método cria lacunas
DA SUCURSAL DO RIO
Para fazer as "Estatísticas
do Século XX", o IBGE compilou, sintetizou e padronizou dados de publicações
anteriores da instituição.
As principais fontes são os
Censos (realizados em 1900,
1920, 1940, 1950, 1960, 1970,
1980, 1991 e 2000), as Pnads
(Pesquisas Nacionais por
Amostra de Domicílios),
realizadas a partir de 1967, e
os 60 Anuários Estatísticos
publicados a partir de 1938,
além de outras pesquisas.
A principal dificuldade foi
obter séries históricas longas
para todos os indicadores,
não só pela inexistência de
dados para todo o século como pelas mudanças metodológicas e as alterações dos
órgãos responsáveis pelas
estatísticas nacionais.
A mudança de metodologia aponta também para
uma mudança de mentalidade: no início do século,
por exemplo, pouco se pesquisava sobre a situação da
mulher. A pesquisa sobre
cor, feita no último Censo do
século 19, em 1890, só reapareceu no Censo de 1940.
No início do século, não
havia pesquisa sistemática
sobre infra-estrutura urbana. Com o Anuário Estatístico de 1938, foram publicados pela primeira vez dados
de saneamento, abastecimento de água e coleta de lixo no Distrito Federal, nas
capitais e nos municípios
onde esses serviços existiam.
No início do século, o Departamento Nacional de Estatística era o responsável
pelas informações nacionais. Quando foi extinto, em
34, suas atribuições passaram aos ministérios de cada
setor. No mesmo ano foi
criado o Instituto Nacional
de Estatística, transformado
em 36 em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Foi o IBGE quem instituiu
a divisão regional do país,
que se alterou várias vezes
desde então. O Censo de
1940 é considerado o primeiro moderno do Brasil. Não
houve censos em 1910 e 1930.
A publicação "Estatísticas
do Século XX", com 542
págs. e um CD-Rom de 16
mil tabelas, vai custar R$ 140.
O CD apenas custará R$ 10.
Podem ser adquiridos nas livrarias do IBGE ou no seu site (www.ibge.gov.br).
(FE)
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