São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Paulistana, eleita "adotou" Estado em 1970

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Paulistana de nascimento e gaúcha por adoção desde 1970, a economista Yeda Rorato Crusius, 62, assumirá o governo do Rio Grande do Sul com o discurso de que adotará um ""novo modo de governar" e aplicará ""choque de gestão" para recuperar as finanças estaduais.
Se o seu programa de governo tem a marca da professora de economia, o conteúdo do discurso lembra sempre a condição feminina. ""Nossa natureza faz de nós, mulheres, pessoas que, quando têm um problema para resolver, olham para ele e dizem: "Primeiro eu resolvo, depois pergunto quanto eu ganho". E nós vamos assim para a política. Da mulher pode se esperar uma postura mais sensível", disse.
Formada na USP (Universidade de São Paulo), Yeda adotou o Rio Grande do Sul depois de conhecer seu atual marido, Carlos Augusto Crusius, também mestre em economia, no final dos anos 60.
O casal fez mestrado na Universidade de Vanderbilt, em Nashville (Tennessee, EUA). Depois do título acadêmico, Carlos Augusto Crusius foi convidado para ser professor na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Os dois mestres em economia se radicaram, a partir daí, em Porto Alegre, onde nasceram seus dois filhos, Tarsila e Cesar.
Yeda ingressou na vida política em 1993, assumindo o Ministério do Planejamento no governo de Itamar Franco e abandonando a vida acadêmica e o posto de comentarista econômica de veículos do grupo RBS (cuja emissora de TV, a RBS-TV, é retransmissora da TV Globo).
Ficou quatro meses no ministério, deixando-o contrariada por não ter sido ouvida na elaboração de um plano econômico. O ministro da Fazenda era Eliseu Resende. Itamar a nomeou depois para o conselho de administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Depois da experiência em cargo público do Executivo, em 1995, Yeda passou a ser deputada federal. Foi eleita para as legislaturas de 1995 a 1998, 1999 a 2002 e 2003 a 2006. Concorreu duas vezes, sem sucesso, para a Prefeitura de Porto Alegre, em 1996 e em 2000.0 (LG)


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