O Lehman Brothers, quarto maior banco de investimento dos EUA, entra com o maior pedido de concordata da história em termos de ativos. Foi a mais vistosa vítima da crise imobiliária. Sua quebra inicia a maior crise do capitalismo em 80 anos.
O pedido ocorreu após fracassarem as negociações com o Bank of America e o Barclays e com a recusa do governo em garantir as suas futuras perdas.
No mesmo dia, com a divulgação da venda do Merryl Lynch para o Bank of America e a tentativa da seguradora AIG de conseguir empréstimo, a Bolsa de Nova York teve a pior queda desde 11 de setembro de 2001.
O índice Dow Jones recuou 4,42%, e o S&P 500 caiu 4,71%, levando a uma perda estimada em US$ 600 bilhões no valor das empresas.

EU ESTAVA LÁ
Por Fernando Canzian
De São Paulo

"O 15 de setembro de 2008 foi o 11 de setembro de 2001 para os mercados mundiais. Foi quando ruíram as "torres gêmeas" Lehman Brothers e Merrill Lynch, em Nova York.
A quebra dos dois bancos centenários simboliza o início da destruição da riqueza que se instalou entre milhões de novos desempregados, nos EUA e na zona do euro.
A crise vai longe. Em termos geopolíticos, a Grande Recessão de 2008 mudou e ainda mudará muita coisa.
Assisti a tudo de camarote. Enviado a Nova York por apenas alguns dias e horas depois do colapso global, retornei só 15 meses depois. É trágico, mas foi um show."


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