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Enchentes, buracos e violência predominam
O que mais incomoda os moradores deste trecho
da zona oeste da cidade são os freqüentes alagamentos provocados pelos córregos da área, além
da violência, que está sempre em primeiro lugar.
As ruas e avenidas esburacadas e com calçada em
estado precário também recebem muitas queixas
O barraco feito com tábuas de madeira da desempregada paraibana Maria do Socorro Ferreira dos Santos, 38,
fica numa parte baixa da favela Paraisópolis, a maior da região do Morumbi, em cima do córrego não-canalizado Grotão. Sempre que chove, alaga.
Maria do Socorro Ferreira dos Santos faz parte do grupo de pessoas da
zona oeste 2 que considera o maior
problema do bairro as enchentes e a
falta de canalização de esgotos -assim como 6% dos entrevistados pelo
Datafolha naquela área.
O número só é inferior, assim como
em toda a cidade de São Paulo, do que
o de quem aponta a violência principal
problema.
Com as chuvas deste ano, 87 famílias
da favela ficaram desabrigadas. "A
água passou por cima do guarda-roupa. Quando começa a chover, a gente
tem até medo de dormir", afirma.
A voluntária da União dos Moradores de Paraisópolis Maria Nilde dos
Santos, 30, vive na favela e afirma que
existem três córregos problemáticos
no local: o Grotão, o Grotinho e o córrego do Tonico. "Uma vez, precisamos de barcos para pegar as pessoas
que estavam se afogando", diz.
Outro problema recorrente para os
moradores da área é a precariedade do
calçamento das ruas. A dona-de-casa
Ivanete Araújo, 48, afirma que as calçadas "não existem" ali: "É impossível
caminhar pelas ruas e avenidas. Nem
na Giovanni Gronchi há calçada".
Falta luz
Para 7% dos entrevistados, a prefeitura está se saindo pior na manutenção do asfalto e do calçamento. "Como circulo muito de carro pela região,
percebo a degradação do asfalto no
bairro", afirma o empresário Márcio
José Braz, 48.
Os moradores destacam a criminalidade com a preocupação de sempre
-35% consideram este o maior problema do bairro. A atriz Lívia de Almeida Lisboa, 27, por exemplo, mora
no Butantã há 15 anos e diz que não é
recomendável andar a pé pelo bairro à
noite. "Evito passear depois das 20h
porque a luminosidade é ruim."
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