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PROVA
Estudantes de direito e engenharia civil devem sistematizar conhecimento
Exame vai cobrar maior nexo entre teoria e prática
da Reportagem Local
Os alunos de direito e engenharia
civil que vão fazer, amanhã, o Exame Nacional de Cursos devem encontrar uma prova mais equilibrada e que tenta articular teoria e
prática, de modo mais intenso do
que nos anos anteriores. Os dois
cursos, ao lado de administração,
formam o grupo que está sendo
avaliado desde que o provão foi
criado, em 1996.
Na parte discursiva da prova de
direito, serão apresentados cinco
casos referentes a assuntos diversos (em 98, haviam sido propostos
quatro casos). Isso ocorre porque
foi incluída uma questão que foge
àquelas estritamente ligadas à legislação,como sociologia do direito, por exemplo.
Dessas, os estudantes terão de escolher duas. Além disso, as diretrizes da prova de 99 prevêem uma
melhor distribuição de temas e do
grau de dificuldade entre as 40
questões de múltipla escolha.
"É preciso existir um equilíbrio
entre a dificuldade da prova e o interesse do aluno, para estimulá-lo
a fazer o exame, já que ele não tem
nenhuma obrigação de respondê-lo", diz Fernando Scaff, professor
da Universidade Federal do Pará e
membro da Comissão de Direito
do Exame Nacional de Cursos.
Em engenharia civil, a prova deverá enfatizar, nas dez questões
discursivas, a tendência consolidada no ano passado, quando foi estruturada em dez questões discursivas baseadas em problemas que
um profissional enfrenta no dia-a-dia. "O conhecimento é informação sistematizada. O aluno tem de
mostrar, na prova, que é capaz de
identificar informações e organizá-las", diz Hélder Antônio Guimarães, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e membro da Comissão de
Engenharia Civil do Exame Nacional de Cursos, responsável pela
elaboração das diretrizes da prova.
Assim, diferentemente do primeiro ano em que o curso foi avaliado pelo provão, em que as questões tendiam a explorar mais os
conteúdos de maneira isolada, a
prova de 99 deverá ser composta
por questões que exploram as relações entre tópicos de disciplinas
diferentes.
A multidisciplinaridade deverá
dar o tom do exame de engenharia
elétrica. "A idéia é tentar fazer com
que o aluno mescle conhecimentos
considerados básicos para resolver
as questões", diz José Sidnei Colombo Martini, professor da Escola Politécnica da USP e da Comissão de Engenharia Elétrica.
Essa característica do exame deverá ficar mais evidente na parte
específica da prova, em que o aluno deverá escolher três questões de
um total de 15 que lhe serão propostas. "Não adianta usar só conteúdos memorizados para responder as questões", diz Martini.
Engenharia mecânica e economia serão avaliados pela primeira
vez neste ano. As provas devem seguir a tendência das áreas em que
se inserem.
Os alunos de mecânica terão de
responder dez questões discursivas -como nas outras engenharias- e os de economia, questões
de múltipla escolha e discursivas.
(MARTA AVANCINI)
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