Confrontos são combinados até por redes sociais

Muitas brigas recentes entre torcidas organizadas foram combinadas com alguma antecedência nas redes sociais da internet.

Isso obrigou os órgãos de inteligência policiais e o Ministério Público a acirrar a monitoria de vários sites de relacionamento.

"Antigamente, a inteligência da polícia saía mais a campo, rondar nos clubes, nas torcidas, saber o que estava acontecendo", afirma o coronel Walmir Martini, da Polícia Militar.

"Hoje, o monitoramento é feito pela internet, xeretando nas redes sociais. A inteligência tenta filtrar a informação porque 99% é falsa, não sai da internet, mas esse 1% é perigoso."

Ele afirmou que um confronto entre palmeirenses e são-paulinos, no domingo passado, dia do clássico entre as duas equipes, foi marcado pela internet. Oito pessoas foram presas.

"A gente monitora algumas redes sociais, mas a internet é um mundo", declarou a delegada Margarette Barreto, do Decradi.

"Não tem como a gente conhecer todo conteúdo", afirmou. "Eles marcam [briga] também pelo telefone, mas trocam com frequência de celular, o que dificulta a investigação." A polícia terá mais de 600 homens na segurança do clássico amanhã. (AW e LL)