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Torcedor baleado no 1º turno verá dérbi em hospital em SP

JOÃO ALBERTO PEDRINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PRESIDENTE PRUDENTE

O palmeirense Roberto Luiz Vieira Filho, 22, auxiliar de laboratório em Recife, vai assistir ao clássico entre Corinthians e Palmeiras em um hospital de Presidente Prudente (565 km de São Paulo).

O torcedor foi baleado nas imediações do estádio Eduardo José Farah, em Prudente, horas antes de os dois times se enfrentarem no primeiro turno do Brasileiro, em 28 de agosto -o Palmeiras superou o rival por 2 a 1.

Internado no Hospital Regional, Roberto continua seguindo seu time. "Acompanho por internet, rádio e TV. Palmeiras acima de tudo", diz. "Sempre que posso assisto aos jogos nos estádios. Antes daqui [de Prudente], nunca tinha visto brigas."

Torcedores do Palmeiras acusam policiais militares de ter feito disparos de armas de fogo no dia da confusão.

Além de Roberto, socorrido em estado grave, o balconista Lucas Alves Lezo, 21, também levou um tiro, mas saiu do hospital dois dias depois. "Espero que alguém seja punido, mas é difícil saber de onde veio o tiro. Mereço um esclarecimento", afirma.

O palmeirense diz que não consegue sentar nem andar depois que o tiro atingiu sua perna direita e o intestino. Ele também sofreu uma trombose e uma infecção, que agravaram seu estado de saúde nos últimos dias.

A Secretaria de Estado da Saúde não confirmou as informações. Informou apenas que o quadro de saúde dele é estável, sem previsão de alta.

A mãe de Roberto, Lúcia Helena Vieira, 44, está hospedada numa casa-abrigo, mantida por uma entidade filantrópica de Prudente, para acompanhar o filho de perto.

Sem poder bancar a transferência de Roberto para Recife, ela quer levá-lo a Itapetininga, onde têm familiares.

"Esperava que alguma autoridade nos desse suporte, mas só encontramos acolhida na torcida", diz Lúcia.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Segundo o delegado Sérgio Luiz Tofanelli, faltam resultados de laudos e perícias médicas para concluir o caso.

A PM também abriu um processo para investigar a possível participação de um policial no caso.

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