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Futebol - Rodrigo Bueno

@RodrigoBuenoESP
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Messi ameaça Pelé dentro e fora de campo

MESSI é a bola da vez pela terceira vez e não sabe mais quantas vezes continuará nesse posto. Pela idade, 24 anos, tem tudo para dobrar pelo menos o número de Bolas de Ouro que tem.

Se o cenário se confirmar (só lesão grave ou um inesperado desmanche do Barcelona seriam ameaças), a sensação de que o craque argentino é o melhor de todos os tempos aumentará.

Pelé, cheio de vitalidade aos 71 anos, estará por longo tempo entregando prêmios na tal "Família do Futebol". E terá Messi ali ao seu lado, talvez na frente.

Maradona, o eterno rival de Pelé, nunca fez parte de verdade dessa "Família do Futebol" que a Fifa prega. Em 2000, em Roma, quando seria coroado o melhor do século, houve uma tentativa de Joseph Blatter, presidente da Fifa, de aproximar Maradona da "família", mas o plano ruiu minutos antes da cerimônia.

O dirigente suíço recebeu Pelé e seu estafe e avisou como seria o desfecho da festa. O "Rei" e Maradona receberiam juntos os troféus de melhores do século: o argentino, pela vitória numa eleição na internet, e o brasileiro, por ter sido o preferido da "Família do Futebol", numa manobra para não deixar Pelé melindrado.

O estafe do "Rei" não aprovou. Blatter mudou o roteiro e deixou Maradona pegar seu troféu no meio da festa, com Pelé como astro da noite no fim. Não à toa, Maradona saiu antes disso.

Com Messi, a situação é outra. O astro do Barcelona é querido na "Família do Futebol", pelo quinto ano frequenta essa cúpula, sempre com tom humilde e avesso a polêmicas, diferentemente do mestre Maradona.

Por causa de uma entrevista na qual disse não "fazer falta" não ter visto Pelé jogar, Messi viu nascer uma certa animosidade com o "Rei", algo que pôde ser visto na Bola de Ouro 2011. O brasileiro o felicitou pelo prêmio fria e brevemente.

Messi falou sobre isso a um amigo jornalista argentino. Ele não ousa falar ainda de seu lugar na história do futebol, mas isso é algo que todos já fazem muito na "Família do Futebol".

Platini, ex-craque e atual cartola, foi um que condicionou o posto de número um de Messi a um título da Copa do Mundo. Caso contrário, segundo o francês, ele será "só" um Cruyff, Di Stéfano, Platini e Van Basten.

Só que, nos corredores da Fifa, entre lendas do passado e do presente, há hoje apenas um termo de comparação com Messi: Pelé.

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FÉRIAS

Este colunista que vos escreve desde 1997 sairá de férias, o que o deixará afastado não só do jornal mas também das mídias sociais. O meu e-mail, no entanto, estará funcionando ainda, imagino. Espero encontrar todos muito bem no meu retorno. O mundo não acabará, tenho quase certeza. Abraaaaaço!

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