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Motor

FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Quando o revolucionário se torna dono da bola

Já vai longe, mas lá na virada do século a F-1 viveu dias de forte agito político, com as equipes ameaçando criar uma categoria paralela.

Era a época dourada das montadoras, que, desabituadas ao estilo Ecclestone, insurgiram-se contra a concentração de poder -e dinheiro- nas mãos do inglês.

Criaram a GPWC (Grand Prix World Championship), que depois se transformou em uma holding, a GPMA (Grand Prix Manufacturers' Association).

A associação iniciou contatos com promotores de GPs anunciando um campeonato próprio em 2008, quando caducava o contrato que prendia os times a Ecclestone.

Instrumento de pressão, claro. Se o grupo estivesse fechado, conseguiria fazer a sua vontade. Não estava.

A Ferrari debandou em 2005, em troca de US$ 100 milhões. Sem sua marca mais célebre, não teve jeito, a GPMA implodiu.

Em 2008, nova tentativa. Os times criaram a Fota (Formula One Teams Association) para fazer mais pressão. Ameaçavam não correr em 2010.

Não deu nem para a saída. Em 2009, Ferrari, Toro Rosso, Red Bull e Sauber

furaram o movimento. No fim do ano passado, novo golpe: as mesmas quatro deixaram a Fota, o que equivale a inutilizá-la.

Nesta semana, Ross Brawn declarou que a F-1 "ainda sofrerá muito" por essa desunião.

O que há de comum entre as dissidentes? A Ferrari.

A Sauber usa os motores italianos. A Toro também. E quem os paga é a Red Bull.

Legalista no DNA, a mais antiga equipe da F-1 sabe de sua força. Seu apoio é a chave para qualquer grupo que queira se rebelar.

Para vencer o establishment sem a Ferrari, é preciso muito maquiavelismo.

A última vez em que aconteceu foi na década de 1980. E seu artífice, o detentor do segredo, hoje está do outro lado do balcão.

Um certo Ecclestone.

PRESENTE

MUNDIAL-2012

Já se foi mais da metade da pré-temporada, e já dá para tirar algumas conclusões sobre a relação de forças hoje -não quer dizer que será assim por todo o campeonato. Red Bull e McLaren estão na frente, com a Ferrari ainda perdidinha. A Force India brigará no pelotão intermediário. Sobre a Williams, muitos altos e baixos: ainda quero ver mais para dar um pitaco.

FUTURO

SCHUMI-2014

É uma galhofa. Mas partiu de Ecclestone, então vale o registro: "Gostaria de ver Schumacher num bom carro. No segundo carro da Red Bull. Tenho certeza de que ele

venceria corridas". Ainda sobre o alemão: segundo o "Bild", a Mercedes já fez a proposta para a renovação de contrato até o fim de 2014. Com isso, ele superaria o recorde de GPs de Barrichello.

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