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Sem camisa 9, Corinthians sobra
LIBERTADORES DE SÃO PAULO O Corinthians começou a temporada com três centroavantes: Adriano, Elton e Liedson. Nenhum vingou, mas nenhum fez muita falta. O time entra em campo hoje, contra o Vasco, pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores, sem um homem de referência no ataque. Mas a campanha corintiana na competição mostra que Tite tem superado a ausência de um camisa 9 de peso. Adriano saiu, o futebol de Liedson sumiu e Elton teve poucas oportunidades. O clube não foi atrás de um novo jogador, e o elenco todo passou a distribuir os gols. O Corinthians fez 16 gols na Libertadores com nada menos que dez jogadores diferentes. Dos oito clubes que restaram no torneio, o time tem o terceiro melhor ataque. Surpreendente pra quem, no começo do ano, preocupava sua torcida justamente pela falta de gols marcados. Hoje Tite vai com Jorge Henrique e Emerson no ataque. Tentou usar Willian como centroavante no jogo passado, mas não deu certo: ele caía demais para os lados. Como Alex foi bem, Tite o manteve na equipe ao lado de Danilo formando um 4-4-2, mesmo esquema que ano passado funcionou no mesmo São Januário, pelo Brasileiro, no empate em 2 a 2. "O que eu preservo é falar com o atleta. Dá pra jogar? Dá. Dá pra fazer? Dá. Onde tu gosta de jogar? E então dar um padrão à equipe", disse Tite ao explicar a montagem da equipe sem o camisa 9. Mas para o clube a ausência de um centroavante não é uma situação confortável, ainda mais para a disputa do Brasileiro, que começa no fim de semana. Ontem a diretoria anunciou a chegada de Adilson, 25, que jogou o Estadual pelo XV de Piracicaba. E se o ataque melhorou, a zaga não se descuidou. Até aqui, só levou dois gols na Libertadores, nenhum deles em São Paulo. É disparada a melhor defesa do torneio. O Corinthians, aliás, é o único invicto nesta Libertadores. Contra o Vasco o time tenta, pela segunda vez, chegar às semifinais da Libertadores. Para Tite, de novo, por a cabeça no lugar é primordial. "Tem que ter maturidade pra jogar dentro ou fora de casa da mesma forma. É bom jogar perto do torcedor, mas 40 mil corintianos não fazem o Ralf dar um bom passe, o Castán fazer uma antecipação", disse, sobre a vantagem de decidir a vaga em casa. Clima hostil no Rio, continua Tite, o Corinthians encontrará, mas dentro do limite. "Vai ter o limite do respeito. Nós não fomos respeitados no Equador. Tem que ser melhor dentro de campo. Mas claro que não vou desejar que o Cristóvão [Borges] ganhe. Quero ser melhor, sem ser Polyanna, sem ser babaca."
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